A Educação e a Profissionalização de Pessoas com Deficiência em Periferias Urbanas
A pesquisa apresentada trata dos aspectos do desenvolvimento profissional de pessoas com deficiência e os enfrentamentos que vivenciam em se tratando de espaços periféricos. A etnografia do território da Baixada Fluminense nos apresenta sintomas de regiões marginalizadas, com ausência de incentivos por parte dos governantes, que estimulem a evolução de áreas descentralizadas e de sua população numerosa. A partir de um levantamento específico de profissionais bem sucedidos, que apresentam alguma deficiência e conseguem superar barreiras a cada dia, ainda que em espaços marginalizados, sem perspectiva de aprimoramento dos ambientes de trabalho preparados especificamente para essa clientela. A pesquisa tem como objetivo comprovar as potencialidades de profissionais com deficiência que atuam em periferias urbanas. Tendo como base metodológica a pesquisa dos estudos dos teóricos Vigotski e Paulo Freire que foi estruturada a partir de entrevistas com pessoas com deficiência que trabalham nas periferias da Baixada Fluminense. Após análise das respostas dos profissionais entrevistados percebemos que, em sua maioria, os enfrentamentos iniciais baseavam-se em questões de acessibilidade e adaptações necessárias para efetivação de suas funções. Posterior ao período inicial, as acomodações tornam-se mais presentes, a quebra de preconceitos avançando imperiosamente as questões periféricas não influenciam no exercício da cidadania de pessoas com deficiência que atuam em regiões consideradas periferias urbanas. Considerando assim que essas pessoas tenham a possibilidade de avançar em sua escolarização e profissionalização, independente dos espaços periféricos onde vivem, são capazes de produzir intensamente, obtendo lugar em destaque em seus ambientes de trabalho.
A Educação e a Profissionalização de Pessoas com Deficiência em Periferias Urbanas
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DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.6822107078
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Palavras-chave: Periferias. Pessoas com Deficiência. Profissionalização. Educação Especial Inclusiva. Cidadania
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Keywords: : Peripheries. Disabled people. Professionalization. Special Inclusive Education. Citizenship
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Abstract:
The presented research deals with aspects of the professional development of people with disabilities and the confrontations they experience when dealing with peripheral spaces. Baixada Fluminense territory etnography presents us with symptoms of marginalized regions, with the absence of incentives on the part of the government, which stimulate the decentralized areas and their large population evolution. Based on a successful professionals specific survey who have some disability and are able to overcome barriers every day, even in marginalized spaces, with no prospect of improving the work environments prepared specifically for this clientele. The research aims to prove the professionals with disabilities potential who work in urban peripheries. Having as methodological basis the theorists Vigotski and Paulo Freire studies structured interviews with people with disabilities that work in Baixada Fluminense outskirts were released. After analyzing the interviewed professionals responses, we realized that, for the most part, initial confrontations were based on acessibility and necessary adaptations issues to carry out their functions. After initial period, the accommodation becomes more present, prejudice breakdown advancing through peripheral issues does not influence the citizenship exercise by people with disabilities who work in regions considered urban peripheries. Thus, considering that these people have possibility of advancing in their education and professionalization, regardless of the peripheral spaces where they live, they are able to produce intensely, obtaining a prominent place in their work environments.
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Número de páginas: 15
- Aida Guerreiro de Oliveira
- Edicléa Mascarenhas Fernandes
- Elizabeth Rodrigues de Oliveira Pereira