O pensamento de Edith Stein aprofunda-se na exploração da dignidade da pessoa humana, enfatizando a empatia como uma chave essencial para compreender nossa humanidade. Stein incorpora contribuições de filósofos antigos e contemporâneos, buscando uma visão integral do ser humano. Essa visão abrange a dignidade inerente desde o nascimento, fundamentada no pertencimento a Deus e que transcende dons naturais ou papéis sociais. A abordagem de Edith Stein ganha relevância especial em uma sociedade multicultural, onde o respeito à dignidade humana deve ser absoluto. O objetivo é estabelecer um diálogo interdisciplinar sobre os fundamentos da dignidade humana, partindo dos escritos de Edith Stein. A pergunta central é: como podemos viver e praticar noções concretas de ‘humanitas’ e ‘comunitas’? Diante da indiferença, dos relativismos culturais e da falta de reconhecimento do outro, nos questionamos sobre a dignidade e identidade do ser humano. Edith Stein enfatiza que a empatia envolve o contato com o mistério do outro e exige respeito e acolhida na relação intersubjetiva, conectando-nos ao universo interior de cada pessoa e, simultaneamente, reconhecendo nossa própria humanidade por meio da alteridade. A filosofia fenomenológica de Stein oferece instrumentos para refletir sobre a dignidade humana, considerando a identidade pessoal e as relações intersubjetivas. Assim, a dignidade humana não depende apenas de dons naturais ou papéis sociais, mas é uma característica fundamental compartilhada por todos nós.