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A diferença como característica fundamental: uma experiência de educação inclusiva

Educar se mostra como o processo de incluir indivíduos em um modo de ser já determinado pela historicidade, que por sua vez, faz com que os fenômenos se dêem a partir de um mundo compartilhado. Ora, partilhar mundo com os outros é vivenciar efetivamente processos educativos por meio dos contrapontos e desafios impostos pela relação com o diferente . A educação, como relação, quando não libertadora, demonstra estar permeada por inúmeros ideais moralizantes, que tendem a determinar maneiras de agir tão estritamente adequadas à normativa que enclausuram a liberdade para o fazer-se pessoa.  Nessa direção, da mesma maneira que a história compõe possibilidades de conteúdos educativos, constitui-se também um entendimento do ato educativo – não inclusivo – como uma transgressão dos limites que garantem o poder construir-se pessoa a partir de seus afetos mais individuais. Assim, propõe-se neste trabalho um estudo que delineará, dentro dos seus limites, possibilidades de atuação que tornem as idéias da inclusão concretas na vivência de uma instituição de ensino superior; este estudo se dá em uma Faculdade de Tecnologia, tendo como foco um aluno de 18 anos que é portador de esquizofrenia. Entendeu-se que incluir constrói uma compreensão de mundo que possibilita visualizar os espaços como casa coletiva, como morada de todos, considerando o movimento de constituição subjetivo; também que criticar e desconstruir o enclausuramento dos diferentes deve ser um esforço de todo aquele que presa a inclusão e vê nela melhores caminhos para a humanidade. O ato inclusivo expandiu suas fronteiras para o ensino superior, lugar muitas vezes destinado aos que se modelam  no padrão capitalista, possuindo capacidade produtiva adequada ao ritmo contemporâneo; entendeu-se  o ensino superior também educando para as relações, assim sendo, incluir mostra-se como um ato que transcende transmissão de conteúdos cognitivos, culminando também em uma educação para a vida.

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A diferença como característica fundamental: uma experiência de educação inclusiva

  • DOI: 10.22533/at.ed.3432118053

  • Palavras-chave: educação; inclusão; esquizofrenia; psicologia educacional

  • Keywords: education; inclusion; schizophrenia; educational psychology

  • Abstract:

    Educating is shown as the process of including individuals in a way of being already determined by historicity, which, in turn, causes the phenomena to occur from a shared world. Now, sharing the world with others is effectively experiencing educational processes through the counterpoints and challenges imposed by the relationship with the different. Education, as a relationship, when not liberating, proves to be permeated by innumerable moralizing ideals, which tend to determine ways of acting so strictly adequate to the norms that they enclose the freedom to become a person. In this direction, in the same way that history composes possibilities for educational content, an understanding of the educational act - non-inclusive - is also constituted as a transgression of the limits that guarantee the power to build a person from his most individual affections. Thus, this study proposes a study that will outline, within its limits, possibilities of action that make the ideas of inclusion concrete in the experience of a higher education institution; this study takes place at a Faculty of Technology, focusing on an 18-year-old student with schizophrenia. It was understood that including builds an understanding of the world that makes it possible to view spaces as a collective house, as everyone's home, considering the movement of subjective constitution; also that criticizing and deconstructing the confinement of the different must be an effort of everyone who takes inclusion and sees in it better paths for humanity. The inclusive act expanded its borders to higher education, a place often destined for those who model themselves in the capitalist pattern, possessing productive capacity adequate to the contemporary rhythm; higher education was also understood as educating for relationships, therefore, inclusion is shown as an act that transcends transmission of cognitive content, also culminating in an education for life

  • Número de páginas: 15

  • Felipe Miranda Zanetti
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