A DIALÉTICA DA TOTALIDADE CONCRETA DE KAREL KOSIK
Trata-se de um esforço de revelação e compreensão da estrutura argumentativa empreendida por Karel Kosik em seu livro Dialética do Concreto, especificamente a primeira parte - os três capítulos que compõe a intitulada "Dialética da Totalidade Concreta". Objetivamos remeter-nos ao plano da validade dos argumentos, sua coerência interna, lógica. Verificar se as premissas que sustentam as teses principais, como conclusões de argumentos, estão de tais maneiras estruturadas de modo a conferir validade à obra, sob o ponto de vista da lógica formal, é o cerne de nossa questão. Contudo, mesmo compreendendo que uma analise lógica não se remete ao plano da verdade das premissas que sustentam a tese, tarefa que cabe à ciência, entendemos como inevitável, e mesmo necessário, um momento de considerações sobre a verdade da ideia principal. Em se tratando de ciências humanas, a fuga a esse plano implica em desconhecimento da complexidade do objeto, para não dizer em (neo) positivismo. O que podemos inferir é que as três teses principais desenvolvidas, na verdade se constituem nos pressupostos básicos de uma determinada visão de mundo, um modo de conceber a realidade e se apropriar dela. Para o filósofo tcheko a questão: como se pode conhecer a realidade? É sempre precedida de uma questão mais fundamental: que é a realidade? Defendemos a tese que esta é a formulação básica, e vai evidenciar-se nos três capítulos que compõe a Primeira Parte da obra, a essência do conceito da dialética da totalidade concreta.
A DIALÉTICA DA TOTALIDADE CONCRETA DE KAREL KOSIK
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DOI: 10.22533/at.ed.9032016093
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Palavras-chave: Dialética; Filosofia; Sociologia; Metodologia.
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Keywords: Dialectic; Philosophy; Sociology; Methodology.
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Abstract:
This is an effort to reveal and understand the argumentative structure undertaken by Karel Kosik in his book Dialectics of Concrete, applicable to the first part - the three chapters that make up the "Dialectic of Concrete Totality". We aim to refer to the argument's validity plan, its internal, logical coherence. To verify if the premises that support as main theses, like the arguments discussed, are such ways structured in order to verify the validation of the work, from the point of view of formal logic or the question of our question. However, the same understanding that a logical analysis does not refer to the truth plan of the premises that support these tests, a task that fits in science, we understand as inevitable, and even necessary, a moment of considerations about the truth of the main idea. In the case of human sciences, an escape from this plane implies ignorance of the object's complexity, not to say (neo) positivism. What we can infer as three main theses promoted, in fact, if they are basic assumptions of a global vision of the world, a way of conceiving reality and if appropriate of it. For the cheko philosopher, a question: how can he know reality? Always proceeded by a more fundamental question: what is a reality? We argue that this is a basic method, and will be evidenced in the three chapters that make up the First Part of the work, an essence of the concept of dialectic of concrete initiation.
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Número de páginas: 15
- Hélio Fernando Lôbo Nogueira da Gama