A DESSINCRONIZAÇÃO DO TEMPO NA DEPRESSÃO: UM ESTUDO SOBRE AS DEPRESSÕES E A TEMPORALIDADE EM UMA PERSPECTIVA SARTRIANA
O presente artigo pretende discutir a dimensão temporal no viés existencialista sartriano e sua relação com a depressão. Buscou-se compreender como a temporalidade é experienciada quando se vive a alteração ou ruptura de um Projeto de ser. Noções sobre a constituição do sujeito e as emoções para o entendimento de uma psicopatologia fenomenológica e a depressão. Visto que ao pensar em uma psicopatologia fenomenológica o sujeito e sua vivência devem estar em foco, não a doença, a centralidade do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) presente no contexto clínico será questionada. O sujeito depressivo que vive seu Projeto de ser inviabilizado, diferente daquele que vive uma emoção não patológica, tem uma experiência temporal alterada. Sente que há uma dessincronização do tempo vivido.
A DESSINCRONIZAÇÃO DO TEMPO NA DEPRESSÃO: UM ESTUDO SOBRE AS DEPRESSÕES E A TEMPORALIDADE EM UMA PERSPECTIVA SARTRIANA
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DOI: 10.22533/at.ed.3582204103
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Palavras-chave: Depressão. Existencialismo. Psicopatologia. Temporalidade.
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Keywords: Depression. Existentialism. Psychopathology. Temporality.
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Abstract:
This article aims to discuss the temporal dimension of the Sartrian existentialist and its relationship with depression. I seek to understand how temporality is experienced when experiencing the alteration or rupture of a Project of being. Notions about the constitution of the subject and emotions for the understanding of a phenomenological psychopathology and depression. Considering that thinking about a psychopathology or phenomenological subject and his experience should be in focus, not doing, the centrality of the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM) present in the clinical context will be questioned. The depressive subject who lives his project of being unfeasible, unlike the one who lives a non-pathological emotion, has an altered temporal experience. I felt that there was a desynchronization of lived time.
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Número de páginas: 18
- Ana Carolina Besen de Souza
- Zuleica Pretto