O objetivo deste ensaio consiste

em refletir sobre a cultura como campo político

presente na sociedade brasileira. Nesse sentido,

os atores sociais externalizam seus anseios em

ações e interagem com a dinâmica política de

fomento à cultura. Em um cenário ampliado, o

Estado brasileiro, por meio de políticas públicas,

esboça as complexas tensões do campo da

cultura. Admitido como um campo estratégico,

a cultura está presente transversalmente a

todos os setores da vida humana. No contexto

brasileiro, o Estado assume o papel de principal

financiador da cultura, o que, por conseguinte,

lhe compete as rédeas dos rumos desse campo.

De forma complementar, organizações civis e

de corporações privadas são atores sociais que

servem de contrapeso ao predomínio estatal no

campo cultural. Assim, as questões que tangem

à cultura são históricas, objetos políticos de

permanente reconstrução social.