A CRÍTICA PELOS OLHOS DA IMAGINAÇÃO: UM OLHAR SOBRE O FEMININO MARGINALIZADO EM “GENI E O ZEPELIM”, DE CHICO BUARQUE
Neste artigo procuramos refletir, pelo conceito de imaginação, sobre o
feminino posto à margem quando não está a serviço dos interesses sociais. Lançando
olhares sobre a letra da canção “Geni e o zepelim”, de Chico Buarque, percebe-se a
importância de Roland Barthes em O óbvio e o obtuso: ensaios críticos III (1990).
Barthes vai além das explicações científicas tradicionais, entendendo que o olhar é uma
função dinâmica e pessoal. Ele destaca três funções do olhar: transmissão de
informações, interação e apropriação, cada uma contribuindo para a complexidade do
simbolismo visual. Paul Ricoeur, na obra Do texto à ação: ensaios de Hermenêutica II
(1989), complementa esse olhar ao considerar a imaginação como produtora de sentido,
especialmente através do uso metafórico da linguagem. Ele desafia o conceito simplista
de imaginação como mera reprodução mental, enfatizando seu papel ao se reinterpretar
o real. Chico Buarque, na letra de “Geni e o zepelim”, traz a lente da sua percepção
crítica ao transformar uma personagem marginalizada em figura de redenção
temporária, quando serve aos interesses de quem a discrimina.
A CRÍTICA PELOS OLHOS DA IMAGINAÇÃO: UM OLHAR SOBRE O FEMININO MARGINALIZADO EM “GENI E O ZEPELIM”, DE CHICO BUARQUE
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DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.715132525029
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Palavras-chave: Percepção. Crítica. Imaginação. “Geni e o zepelim”. Chico Buarque.
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Keywords: -
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Abstract: -
- Bento Matias Gonzaga Filho
- Vera Lúcia da Rocha Maquêa