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A CONTRIBUIÇÃO DAS OBRAS META-FICCIONAIS NO ENTENDIMENTO DO CONCEITO DE NATUREZA NA CONTEMPORANEIDADE

Este artigo tem como objetivo levar o leitor a uma reflexão acerca do conceito de natureza, no contemporâneo, onde primeiramente é apresentado O conceito de natureza dentro da história do pensamento Ocidental, diálogo de Thomas Kesselring (1992) sobre as fases ou maneiras de pensar a natureza ao longo dos séculos pela humanidade. Posteriormente, são apresentadas as obras meta-ficionais A vida dos animais (2002) de John M. Coetzee e La Pachamama y el humano (2011) de Eugenio Raul Zaffaroni, as quais posteriormente serão analisadas sobre o foco da ficcionalidade de Umberto Eco, no seu livro Seis Passeios pelos Bosques da Ficção (1994). Metodologicamente esta pesquisa se enquadra como bibliográfica e de base qualitativa. E, como possíveis resultados, esta pesquisa nos leva a reflexão que nosso estilo de vida dominado pela técnica já tem condições não reversíveis a natureza, o que nos força a contar com eles como se fossem eventos naturais. Com isso, confirma-se, mais uma vez, a tese de que o homem está hoje localizado fora da natureza, ao menos quanto à própria autoconsciência. Dever-se-ia desta forma, renunciar a estratégias cujas consequências são contrárias à conservação de uma biosfera diferenciada, mesmo que isso custasse um certo preço econômico, pois a sobrevivência não é apenas uma questão de força, mas de diversificação e de multiplicidade. Ainda, além da urgência prática da obrigação ecológica que temos, esta prognose coincide com a nova visão de natureza, a qual se tentou demonstrar por meio das obras meta-ficcionais. Assim, se continuarmos absolutizando a ideia do concurso que é subjacente ao nosso sistema econômico e domina o nosso comportamento social, permaneceremos presos ao conceito de natureza de séculos anteriores.
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A CONTRIBUIÇÃO DAS OBRAS META-FICCIONAIS NO ENTENDIMENTO DO CONCEITO DE NATUREZA NA CONTEMPORANEIDADE

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.0252420125

  • Palavras-chave: Meta-ficcional, Natureza, Contemporâneo

  • Keywords: Metafictional, Nature, Contemporary

  • Abstract: This article aims to lead the reader to reflect on the concept of nature in contemporary times. It first presents The Concept of Nature in the History of Western Thought, a dialogue by Thomas Kesselring (1992) on the phases or ways in which humanity has thought about nature over the centuries. Subsequently, the metafictional works The Life of Animals (2002) by John M. Coetzee and La Pachamama y el humano (2011) by Eugenio Raul Zaffaroni are presented, which will later be analyzed from the perspective of Umberto Eco fictionality in his book Six Walks through the Woods of Fiction (1994). Methodologically, this research is classified as bibliographic and qualitative. And, as possible results, this research leads us to reflect that our lifestyle dominated by technology already has conditions that are not reversible to nature, which forces us to count on them as if they were natural events. This confirms, once again, the thesis that man is today located outside of nature, at least in terms of his own self-awareness. We should therefore renounce strategies whose consequences are contrary to the conservation of a differentiated biosphere, even if this comes at a certain economic price, since survival is not only a question of strength, but of diversification and multiplicity. Furthermore, in addition to the practical urgency of our ecological obligation, this prognosis coincides with the new vision of nature, which has been attempted to demonstrate through metafictional works. Thus, if we continue to absolutize the idea of ​​competition that underlies our economic system and dominates our social behavior, we will remain trapped in the concept of nature of previous centuries.

  • Rodrigo Augusto Kovalski
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