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A comercialização de olerícolas nas feiras do produtor rural de Guarapuava-PR: oportunidades e desafios

Este artigo teve por objetivo analisar as potencialidades e desafios da comercialização de olerícolas (hortaliças) nas feiras do produtor de Guarapuava-PR. Apesar de terem iniciado ainda em 1996, as feiras do produtor do município passaram a ter uma reestruturação a partir de 2013, sendo realizadas predominantemente em salões de festas da Igreja Católica. Os estudos demonstraram que 77% dos produtos comercializados nas feiras são de hortaliças e verduras. A metodologia adotada foi revisão teórica sobre o tema e aplicação de entrevistas junto aos produtores feirantes, Secretaria da Agricultura e a Associação dos Produtores Feirantes de Guarapuava (Aprofeg). Em média os produtores possuem 18 hectares de terra, localizam-se a 20 km das feiras, estão nas feiras há sete anos e elas representam 40% da renda bruta familiar. O preço das olerícolas, em média 20% maior que outros mercados é justificado pela qualidade do produto (produtos frescos), necessidade de transporte, descarte da produção não comercializada e permanência na feira para a comercialização. As olerícolas são comercializadas também em mercados e supermercados, restaurantes, PNAE e pela venda direta ao consumidor. A assistência técnica é da Secretaria da Agricultura, principalmente, a produção é, sobretudo, a céu aberto e em média 3 pessoas participam da produção e/ou comercialização. Constatou-se que os aspectos positivos das olerícolas comercializadas nas feiras são a qualidade, produtos saudáveis, além de serem colhidas e logo vendidas. Dentre as principais dificuldades, citam-se: distância até as feiras, condições das estradas, intempéries climáticas e pragas, falta e preço da mão de obra. Diversificação, qualificação da mão de obra, tecnologias, marketing, agregação de valor (miniprocessados), são algumas estratégias possíveis de serem adotadas para o fortalecimento da cadeia produtiva das olerícolas em Guarapuava.
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A comercialização de olerícolas nas feiras do produtor rural de Guarapuava-PR: oportunidades e desafios

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.4252531033

  • Palavras-chave: Feira do produtor. Agricultura familiar. Olerícolas.

  • Keywords: Farmers' market. Family farming. Vegetables.

  • Abstract: This study aimed to analyze the potential and challenges of the commercialization of vegetables (horticultural produce) at farmers' markets in Guarapuava, Paraná, Brazil. Although farmers' markets in the municipality began in 1996, they were restructured in 2013 and are now predominantly held in Catholic Church reception halls. Studies revealed that 77% of products sold at farmers' markets are horticultural produce and leafy greens. The methodology comprised a theoretical review and interviews with farmers' market vendors, the Department of Agriculture, and the Guarapuava Farmers' Market Vendors Association (Aprofeg). On average, farmers own 18 hectares of land, are located 20 km from farmers' markets, have been participating in these markets for seven years, and the markets represent 40% of their gross family income. The vegetable prices, on average 20% higher than other markets, is justified by product quality (fresh produce), transportation requirements, disposal of unsold produce, and the time vendors spend at the market for sales. Vegetables are sold through retail stores, supermarkets, restaurants, the National School Feeding Program (PNAE), and direct-to-consumer sales. The Department of Agriculture provides technical assistance. Production occurs primarily in open fields, and an average of three people are involved in production and commercialization. The findings revealed that the key strengths of the vegetables sold at the farmers' markets are their quality, health benefits, and their freshness as they are harvested and sold immediately. The primary challenges include distance to markets, road conditions, adverse weather and pests, and labor shortages and costs. Diversification, workforce qualification, technology adoption, marketing, and value addition (minimally processed products) are some potential strategies for strengthening the vegetable production chain in Guarapuava.

  • Mario Zasso Marin
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