A centralidade do trabalho e o Jovem
O presente artigo tem base em
pesquisa realizada em sede de dissertação
de mestrado, desenvolvida em Curitiba/PR,
acerca da realidade do jovem classificado como
“nem-nem”, e de como estes são tratados na
perspectiva das políticas públicas de juventude,
trabalho e educação. Foi publicado nos Anais
do XV Encontro Nacional da ABET de 2017:
Trabalho, crise e desigualdade. A problemática
central enfrentada na pesquisa foi a pertinência
ou não da subcategoria “nem-nem”- não
trabalha, nem estuda e sua convergência na
subcategoria “vulnerabilidade social juvenil”.
Considerado os indicadores que apontaram
que esses jovens são na maioria de família
de baixa renda, a hipótese central foi calcada
na impossibilidade de um jovem nessa
condição sobreviver sem trabalhar, ao menos
realizando tarefas domésticas para sua própria
manutenção ou para consumo próprio. A
metodologia empregada foi a quantiqualitativa,
com realização de observação participante,
aplicação de questionários e realização de grupo
focal. Os resultados levaram à conclusão de que
esse jovem trabalha, sim, e estudou em média
8,6 anos, lançando não só o questionamento da
pertinência da subcategoria “nem-nem” como
da negação da centralidade do trabalho na vida
desses jovens. Consubstanciada a análise com
dados sobre a intensificação do trabalho nos
países em desenvolvimento concluiu-se que o
trabalho continua central, tanto na produção da
riqueza, quanto na vida e projetos de futuro dos
jovens, mesmo daqueles classificados como
“nem-nem”.
A centralidade do trabalho e o Jovem
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DOI: 10.22533/at.ed.2801909077
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Palavras-chave: Educação; Exclusão social; Juventude; Política pública;Trabalho.
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Keywords: Atena
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Abstract:
Atena
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Número de páginas: 15
- Roseli Bregantin Barbosa