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A BIOGRAFIA FORJADA DE MARIA DIMPINA LOBO DUARTE (1891-1966): VESTÍGIOS ENCONTRADOS NA IMPRENSA

Neste estudo examina-se a biografia forjada de Maria Dimpina Lobo Duarte (1891-1966), professora, primeira funcionária pública do estado de Mato Grosso, e uma das fundadoras da revista feminina cuiabana A Violeta (1916-1950), por meio da imprensa. Apesar de ter sido uma figura de destaque nas Letras e cultura cuiabanas, não há indícios de uma biografia mais arrojada a seu respeito. Neste sentido, busca-se, através deste texto, reunir elementos que narrem sua trajetória de vida e intelectual, de forma a contribuir não apenas para a historiografia das mulheres na imprensa brasileira, mas ainda para a própria história das mulheres. Para além de seu cargo de redatora e diretora de A Violeta, Maria Dimpina destacou-se por ser uma de suas assíduas colaboradoras, ao longo das mais de três décadas em que circulou A Violeta, assinando algumas de suas colunas sob pseudônimos diversos. Nas páginas da revista, defendeu amplamente a educação e a emancipação intelectual feminina. Ainda na juventude, destacou-se como a primeira “bacharela” em Ciências e Letras, formada pelo Liceu Cuiabano. Em 1916 funda, em conjunto a mulheres da elite e normalistas cuiabanas, o Grêmio literário Júlia Lopes, que deu origem à revista A Violeta, periódico em que teve maior atuação e que é aqui tomado como fonte potente para verificar as representações de Maria Dimpina veiculadas. A metodologia adotada percorre os estudos desenvolvidos por Burke (2011), Ginzburg (2007), ao passo que Costa (2018), Pinto (2023), Dosse (2015) e Gonçalves (2009), sobretudo, compõem o referencial teórico.
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A BIOGRAFIA FORJADA DE MARIA DIMPINA LOBO DUARTE (1891-1966): VESTÍGIOS ENCONTRADOS NA IMPRENSA

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.54424181110

  • Palavras-chave: Maria Dimpina Lobo Duarte. A Violeta. Biografia forjada.

  • Keywords: aria Dimpina Lobo Duarte. A Violeta. Forged biography.

  • Abstract: This study examines the forged biography of Maria Dimpina Lobo Duarte (1891-1966), a teacher, the first female civil servant in the state of Mato Grosso, and one of the founders of the Cuiabá women's magazine A Violeta (1916-1950), through the press. Despite being a prominent figure in the Literary and Cultural Studies of Cuiabá, there is no evidence of a more consistent biography about her. In this sense, the main intention of this text is to gather elements about her life and intellectual trajectory, in order to contribute not only to the historiography of women in the Brazilian press, but also to the history of women itself. In addition to her role as editor and director of A Violeta, Maria Dimpina stood out for being one of its assiduous collaborators throughout the more than three decades in which A Violeta circulated, signing some columns under different pseudonyms. In the pages of the magazine, she widely defended education and women's intellectual emancipation. Still during her youth, she was recognized as the first woman graduated in Sciences and Letters from the Liceu Cuiabano. In 1916, she founded, alongside women from the elite, the Grêmio Literário Júlia Lopes, from which the magazine A Violeta was created. This was the period in which she was most active and which is taken here as a powerful source to verify the published representations of Maria Dimpina in the press. The methodology is based on Burke (2011) and Ginzburg (2007) works, while Costa (2018), Pinto (2023), Dosse (2015) and Gonçalves (2009), above all, comprehends the theoretical framework.

  • Nathalia Araújo Duarte de Gouvêa
  • Gabrielle Carla Mondêgo Pacheco Pinto
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