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A BANDAGEM ELÁSTICA COMO RECURSO TERAPÊUTICO NA MATERNIDADE: APLICAÇÕES NA GESTAÇÃO E PUERPÉRIO

A maternidade é um período marcado por intensas mudanças fisiológicas, emocionais e biomecânicas, que acompanham a mulher ao longo da gestação, parto e puerpério, dentre as mudanças físicas, as mais recorrentes são a lombalgia e o edema, especialmente em membros inferiores. A lombalgia afeta 70% das gestantes, mais comumente no primeiro trimestre da gestação, ocasionado pelo aumento da curvatura fisiológica da coluna vertebral e da sobrecarga das estruturas desta região (Silva, Miranda, 2017). O edema de membros inferiores decorrente do aumento de volume sanguíneo e alterações hormonais, pode causar desconfortos como dor, sensação de peso e formigamento, afetando a qualidade de vida, sendo um problema frequente, afetando até 70% das gestantes (Tazima et al., 2024). Segundo Cortez et al. (2024), o puerpério imediato é caracterizado como sendo o período que tem início logo após o parto, seja ele vaginal ou cesárea, em que a mulher vivencia diversas adaptações corporais, marcadas por fadiga muscular, dores e desconforto decorrentes do esforço. Dentre as alterações físicas, ocorre modificação dos órgãos dos sistemas musculoesquelético, respiratório, gastrointestinal, urinário, cardiovascular, endócrino, tegumentar e hematológico. Neste período também é frequente o ingurgitamento mamário, que ocorre geralmente entre o segundo e o quinto dia após o parto, resultado do aumento repentino no volume de leite, congestão linfática e vascular e edema intersticial, resultando na dor e edema das mamas, o que pode dificultar a amamentação e comprometer o vínculo com o recém-nascido (Brown, Langdon, 2014). Apesar de os recursos farmacológicos serem amplamente utilizados nas maternidades, seu uso necessita de cuidados específicos, pois diversos fármacos podem atravessar a barreira placentária ou serem excretados no leite materno, oferecendo possíveis riscos ao feto ou ao recém-nascido. Além disso, algumas mulheres apresentam restrições ao uso de medicamentos, e a analgesia isolada pode ser insuficiente para o controle efetivo da dor. Considerando estas limitações, torna-se necessário a utilização de terapias não farmacológicas, que representam menor risco de efeitos adversos e podem proporcionar alívio da dor assim como os métodos farmacológicos. Nesse contexto, o emprego de técnicas como cinesioterapia, Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS), massagem, crioterapia, além de orientações sobre posicionamento, cuidados com o recém-nascido e amamentação, promovem a recuperação funcional e o bem-estar materno (Muller, Arruda, Itaborahy, 2023). Este conjunto de alterações evidencia a necessidade de alternativas viáveis não-farmacológicas, capazes de promover o conforto e qualidade de vida para a mulher no período da maternidade, a bandagem elástica também conhecida como tape, taping ou kinesio taping, surge como uma alternativa eficaz e segura para o manejo dos sinais e sintomas recorrentes no período pré e pós-parto, caracteriza-se pela aplicação de fitas elásticas em pontos estratégicos tornando-se um aliado no alívio dos sintomas decorrentes deste período (Delgado et al., 2020). Portanto, este estudo tem como objetivo evidenciar a importância e aplicabilidade da bandagem elástica como recurso terapêutico em diversos estágios da maternidade, incluindo gestação e puerpério.
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A BANDAGEM ELÁSTICA COMO RECURSO TERAPÊUTICO NA MATERNIDADE: APLICAÇÕES NA GESTAÇÃO E PUERPÉRIO

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.208182514104

  • Palavras-chave: .

  • Keywords: .

  • Abstract: .

  • Lavinia Almeida Muller
  • Ana Gabriely Brito Do Nascimento
  • Isabely De Souza Martelo
  • Mirelly Souza Del Castanhel
  • Ana Clara Arruda De Oliveira
  • Ana Flávia De Paula Oliveira
  • Annellysa Kailym Dias
  • Edson Henrique Pereira De Arruda
  • Lívia Catherine Woehl Schroeder
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