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A atuação do pedagogo em Grupos Reflexivos sobre Violência Doméstica : uma perspectiva de gênero

Este capítulo analisa o papel do pedagogo em contextos não escolares, especificamente na condução de grupos reflexivos com autores de violência doméstica, a partir de uma abordagem crítica de gênero. A atuação pedagógica nesse campo se dá por meio de práticas educativas voltadas à desconstrução de padrões culturais e sociais que legitimam a violência contra a mulher. O texto parte do entendimento de que a violência doméstica está enraizada em uma estrutura de desigualdade de gênero, sustentada por discursos patriarcais e machistas. Nesse sentido, o pedagogo assume uma função mediadora, promovendo espaços de escuta, diálogo e reflexão crítica nos grupos reflexivos, muitas vezes vinculados à rede de enfrentamento à violência contra a mulher e ao cumprimento de medidas socioeducativas previstas na Lei Maria da Penha. A formação do pedagogo é destacada como essencial para abordar temáticas como masculinidades tóxicas, relações de poder, empatia e responsabilização. O profissional atua não apenas com conteúdo educativo, mas também com metodologias participativas que permitam aos participantes reconhecer e ressignificar seus comportamentos violentos. Além disso, o capítulo enfatiza a importância do trabalho intersetorial e da interdisciplinaridade, integrando pedagogia, psicologia, serviço social e o sistema judiciário. O pedagogo, nesse cenário, contribui para a prevenção de reincidências e para a construção de uma cultura de paz e equidade de gênero. Por fim, o texto reforça que a atuação do pedagogo em grupos reflexivos deve estar comprometida com os direitos humanos e com a transformação social, sendo uma prática que exige sensibilidade, escuta ativa e constante formação crítica.
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A atuação do pedagogo em Grupos Reflexivos sobre Violência Doméstica : uma perspectiva de gênero

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.266192514072

  • Palavras-chave: Pedagogo, grupos reflexivos, violência doméstica

  • Keywords: Pedagogue,Reflective groups ,Domestic violence

  • Abstract: Chapter: The Role of the Pedagogue in Reflective Groups on Domestic Violence: A Gender Perspective This chapter analyzes the role of the pedagogue in non-school contexts, specifically in leading reflective groups with perpetrators of domestic violence, from a critical gender perspective. The pedagogical work in this field is carried out through educational practices aimed at deconstructing cultural and social patterns that legitimize violence against women. The text starts from the understanding that domestic violence is rooted in a structure of gender inequality, supported by patriarchal and sexist discourses. In this context, the pedagogue acts as a mediator, promoting spaces for listening, dialogue, and critical reflection in reflective groups, often linked to the support network for combating violence against women and the fulfillment of educational measures established by the Maria da Penha Law. The training of the pedagogue is highlighted as essential for addressing topics such as toxic masculinities, power relations, empathy, and accountability. The professional works not only with educational content but also with participatory methodologies that allow participants to recognize and reframe their violent behaviors. Furthermore, the chapter emphasizes the importance of intersectoral work and interdisciplinarity, integrating pedagogy, psychology, social work, and the judicial system. In this scenario, the pedagogue contributes to the prevention of recidivism and the construction of a culture of peace and gender equity. Finally, the text reinforces that the pedagogue’s role in reflective groups must be committed to human rights and social transformation. It is a practice that requires sensitivity, active listening, and continuous critical training.

  • FERNANDA MILA RODRIGUES PADUA
  • Fernanda de Oliveira Rocha
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