A ANSIEDADE, DEPRESSÃO E DESESPERANÇA NO DECORRER DA GRADUAÇÃO DE MEDICINA E DE ENFERMAGEM
Introdução: Sabe-se que os estudantes de Medicina e Enfermagem se encontram em um contexto que pode levar ao sofrimento emocional, trazendo dificuldades ou até mesmo sintomatologias diversas aos universitários. Objetivo: Avaliar a situação de saúde mental de estudantes do primeiro ao último ano dos cursos de medicina e enfermagem, referente à ansiedade, depressão e desesperança. Método: Utilizou-se os Inventário de Ansiedade de Beck, Inventário de Depressão de Beck e Escala de Desesperança de Beck, com adaptação e padronização brasileira, além de um questionário sociodemográfico formulado pelas autoras. A análise foi realizada pelo teste Qui-quadrado, sendo adotado intervalo de confiança de 95% (p≤0,05). Resultados: Participaram 391 acadêmicos. No curso de Medicina, os sintomas depressivos, ansiosos e de desesperança tiveram prevalência de 28,9%, 31% e 29,3%, respectivamente. No curso de Enfermagem, essas prevalências foram de 45,2%, 51,9% e 35,6%. Houve diferença significativa entre as séries de Medicina em relação aos sintomas depressivos e de desesperança, enquanto na Enfermagem o mesmo ocorreu somente referente à desesperança. Discussão: As prevalências de depressão e ansiedade foram semelhantes às encontradas em outros estudos. Essa situação pode ser relacionada a vários fatores, como o contato dos estudantes com os pacientes, processo de adaptação ao contexto universitários e aspectos socioeconômicos. Além disso, apesar de a influência positiva da esperança na saúde mental ser reconhecida na literatura, ainda há poucos estudos deste tema em relação aos estudantes de Medicina e Enfermagem. Considerações finais: Os sintomas estudados tiveram apresentação expressiva em ambos os cursos, sendo necessária uma intervenção precoce, principalmente pelo fato de a maioria encontrar-se no estágio leve.
A ANSIEDADE, DEPRESSÃO E DESESPERANÇA NO DECORRER DA GRADUAÇÃO DE MEDICINA E DE ENFERMAGEM
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DOI: 10.22533/at.ed.7032122111
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Palavras-chave: Educação médica. Saúde Mental. Ansiedade. Depressão. Esperança.
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Keywords: Medical Education, Mental Health, Anxiety, Depression, Hope
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Abstract:
Introduction: It is known that the context in which medical and nursing students are may cause impairment to mental health, whether affecting their psychological well-being, whether resulting in symptoms. Objective: To analyze mental health situation of medical and nursing undergraduates of all years of a public university, regarding anxiety, depression and hopelessness symptoms. Methods: Data was collected by Beck Anxiety Inventory, Beck Depression Inventory and Beck Hopelessness Scale, all adapted and validated for use in Brazil, and a socio-demographic questionnaire developed by the authors. The analysis was performed by Qui-Square Test, taking into consideration 95% confidence intervals (95% CI - p≤0,05). Results: 391 students answered the questionnaires. Among medical students, the prevalence of depression, anxiety and hopelessness were 28,9%, 31% e 29,3%, respectively. Among nursing students, those were 45,2%, 51,9% e 35,6%. There was a significant difference between the years of Medicine regarding depression and hopelessness, whereas the same was found concerning only hopelessness among Nursing students. Discussion: Depression and anxiety prevalence were similar to other studies’ findings. This situation may be influenced by various factors, such as contact with patients, the adapting process to the university context and socio-economic aspects. Furthermore, despite the recognition of positive influence of hope in mental health by the literature, there are only a few studies regarding hope in medical and nursing students. Conclusion: The studied symptoms had an expressive presentation in both courses, requiring an early intervention, mostly in view of the fact that the mild stage was the most usual.
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Número de páginas: 19
- Fabiane Mie Kajiyama
- Antônio Carlos Siqueira Júnior
- Eduardo Federighi Baisi Chagas
- Rebeca Silva