A Agroecologia como prática do saber
Este artigo aborda o contexto
atual da agricultura dentro de um processo
de construção e resgate de práticas agrícolas
baseadas em agrossistemas sustentáveis,
que são frutos das lutas dos movimentos
sociais e organizações do campo no âmbito de
políticas públicas que reconheçam as práticas
agroecológicas e a produção orgânica como
sistemas de produção mais equilibrados e
autossustentáveis. Dentro das discussões
apresentamos as contradições do modelo do
agronegócio, que se deu com a modernização
da agricultura com a Revolução Verde em
contraponto às práticas da agricultura feita em
bases agroecológicas. Nesse contexto o desafio
da transição agroecológica parte do princípio
da busca por tecnologias alternativas em um
processo de construção que passa pelo diálogo
de saberes que permitirá a compreensão das
relações ecológicas com as novas técnicas que
utilizam as experiências de diversificação dos
agrossistemas, estas realizadas amplamente
pelos agricultores familiares que contribuem
para organizar os grupos de produção em redes
de cooperativas. Nesta relação, campesinato e
agroecologia, se dá uma das principais frentes
de enfrentamento ao agronegócio, que se reduz
a produzir monocultivos com base na utilização
dos pacotes tecnológicos. Assim trazemos
experiências de um grupo de juventude
campesina que se organiza no beneficiamento
e processamento da produção de frutas na
comunidade do Riacho da Onça no município de Monte Santo, Bahia, apresentando
sua organização, conquistas e desafios que permite compreender a importância do
trabalho coletivo e de como as redes de cooperação contribuem na organização dos
trabalhadores do campo.
A Agroecologia como prática do saber
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DOI: 10.22533/at.ed.1861821123
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Palavras-chave: Educação, agronegócio, campesinato, grupos de produção
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Keywords: Education, agribusiness, peasantry, production groups.
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Abstract:
This article approaches the current context of agriculture within a process
of construction and rescue of agricultural practices based on sustainable agro-systems,
which are fruits of the struggles of the social movements and organizations of the
field in the scope of public policies that recognize agroecological practices and organic
production as more balanced and self-sustaining production systems. Within the
discussions we present the contradictions of the agribusiness model, which happened
with the modernization of agriculture with the Green Revolution as opposed to the
practices of agriculture made in agroecological bases. In this context, the challenge
of the agroecological transition starts with the search for alternative technologies in
a construction process that involves the dialogue of knowledges that will allow the
understanding of ecological relations with the new techniques that use the experiences
of diversification of the agro-systems. farmers who help organize production groups
into cooperative networks. In this relationship, peasantry and agroecology, there is one
of the main fronts of confrontation with agribusiness, which is reduced to producing
monocultures based on the use of technology packages. In this way we bring the
experiences of a peasant youth group that organizes itself in the processing and
processing of fruit production in the community of Riacho da Onça in the municipality
of Monte Santo, Bahia, presenting its organization, achievements and challenges that
allows us to understand the importance of collective work and of how cooperative
networks contribute to the organization of rural workers.
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Número de páginas: 15
- Valéria Pancieri Sallin