A administração discursiva das bibliotecas orientadas para o desenvolvimento sustentável
Neste artigo discute-se o agir ético
dos bibliotecários para o desenvolvimento
sustentável, particularmente na administração
das bibliotecas. As bibliotecas são usualmente
subsistemas de organizações complexas.
Os sistemas são espaços de complexidade
reduzida em relação ao seu entorno, para a
execução de atividades orientadas a fins. O
que se observa é que o entorno dos sistemas
e os próprios sistemas constituem um mundo
da vida ameaçado. As ameaças vêm de
sobrecargas causadas pelos sistemas ou
por outras incapacidades e insuficiências
do ambiente em sustentar a dinâmica dos
sistemas. Assim, cabe à sociedade enfrentar
estas ameaças que a racionalidade funcional
lhe traz, sob a forma de um desenvolvimento de
sistemas que podem ter atritos, causar danos
ou mesmo destruir o seu entorno. Neste sentido
cabe ampliar a racionalidade dos sistemas
e discutir de modo crítico, internamente e na
esfera pública, esta racionalidade. A ampliação
da racionalidade tem duas faces: a inclusão
dos participantes dos sistemas no discurso e a
inclusão da sustentabilidade na perspectiva dos
sistemas. Ao mesmo tempo, o discurso crítico
na esfera pública pode informar participantes
e pressionar dirigentes. Os participantes dos
sistemas bibliotecas têm escolhas éticas a
fazer em relação às finalidades e atividades das
mesmas. Conclui-se que o desenvolvimento
sustentável na agenda das bibliotecas faz parte
da aprendizagem moral dos bibliotecários,
cabendo então a coragem da verdade. Esperase
que os bibliotecários interfiram como
participantes destes sistemas na construção da
sua agenda.
A administração discursiva das bibliotecas orientadas para o desenvolvimento sustentável
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DOI: 10.22533/at.ed.4221922051
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Palavras-chave: Habermas. Teoria do agir comunicativo. Discurso. Sistemas. Sustentabilidade ambiental.
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Keywords: Habermas. Theory of communicative action. Speech. Systems. Environmental sustainability.
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Abstract:
This article discusses the ethical
action of librarians for sustainable development,
particularly in the administration of libraries.
Libraries are usually subsystems of complex
organizations. Systems are spaces of reduced
complexity in relation to their surroundings, for
the execution of activities oriented to ends. What
is observed is that the systems environment and
the systems themselves constitute a threatened
world of life. The threats come from overloads
caused by systems or from other inabilities and
Biblioteconomia e os Ambientes de Informação 2 Capítulo 1 2
inadequacies of the environment in sustaining the dynamics of systems. Thus, it is
up to society to face these threats that functional rationality brings to it, in the form
of a development of systems that can have friction, damage or even destroy their
environment. In this sense it is necessary to extend the rationality of systems and to
discuss critically, internally and in the public sphere, this rationality. The expansion
of rationality has two faces: the inclusion of system participants in discourse and the
inclusion of sustainability in systems perspective. At the same time, critical discourse in
the public sphere can inform participants and pressure leaders. Participants in library
systems have ethical choices to make regarding their purposes and activities. It is
concluded that sustainable development in the libraries’ agenda is part of the moral
learning of librarians, and so the courage of truth is at stake. Librarians are expected to
interfere as participants in these systems in building their agenda
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Número de páginas: 15
- Clóvis Ricardo Montenegro de Lima
- Fátima Santana da Silva
- José Rodolfo Tenório Lima
- JOSE RODOLFO TENORIO LIMA