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capa do ebook 4. EMISSÃO DE CO2 DO SOLO EM ÁREAS DE TERRA PRETA ARQUEOLÓGICA NA REGIÃO AMAZÔNICA

4. EMISSÃO DE CO2 DO SOLO EM ÁREAS DE TERRA PRETA ARQUEOLÓGICA NA REGIÃO AMAZÔNICA

Em ecossistemas naturais, a respiração do solo é um componente fundamental da emissão de carbono para a atmosfera – fluxo. O fluxo do CO2 apresenta tanto variabilidade temporal (devido à mudança de temperatura e umidade), como espacial, que pode ser justificada por diferentes tipos de solo, assim como o uso e manejo do solo. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar a variabilidade espacial da emissão de CO2 do solo, temperatura do solo e umidade do solo em áreas de Terra Preta Arqueológica sob os cultivos feijão guandu e pastagem, em comparação ao uso do solo sob floresta nativa. Para isso, foram delimitadas malhas regulares sobre as áreas de floresta (com espaçamento 6 x 6 m), feijão guandu (com espaçamento 4 x 5 m) e pastagem (com espaçamento 8 x 8 m), com dimensões de 2.500 m2, de 1.700 m2 e de 4.800 m2, respectivamente, com 88 pontos amostrais em cada área. Nos pontos de cruzamento das malhas, foram avaliadas a emissão de CO2 (FCO2) e temperatura do solo (TS), além da coleta de amostras de solo, na profundidade 0,00-0,05 m, para a determinação da umidade do solo (US) em laboratório. As avaliações do FCO2 foram realizadas utilizando-se os sistemas LI-6400. Concomitantemente foram realizadas às medidas da temperatura do solo (TS) na camada de 0,00-0,10 m de profundidade, utilizando um termômetro de termistor portátil e a umidade do solo (US), utilizando amostras de solo coletadas na camada de 0,00-0,10 m. O FCO2 e a TS foram menores sob floresta, com maior teor de US, não apresentando diferença entre o FCO2 e a TS sob o FJ e PT, mas com menor teor de US sob PT. Os modelos de ajuste do semivariograma experimental foram predominantemente o esférico, com exceção do FCO2 para as áreas da FN e FJ, e da US sob a área de PT, que teve ajuste ao modelo exponencial. Os mapas dos padrões de distribuição espacial indicam uma tendência de concentração, com correlações positiva entre FCO2 com a US e negativa com a TS sob a floresta natural. Correlações positivas entre FCO2 com a TS com a US sob o FJ, mas apenas correlações entre FCO2 e US sob a PT.

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4. EMISSÃO DE CO2 DO SOLO EM ÁREAS DE TERRA PRETA ARQUEOLÓGICA NA REGIÃO AMAZÔNICA

  • DOI: 10.22533/at.ed.2002107074

  • Palavras-chave: variabilidade espacial, temperatura do solo, umidade do solo, atributos físicos, carbono orgânico.

  • Keywords: spatial variability, soil temperature, soil moisture, physical properties, organic carbon.

  • Abstract:

    In natural ecosystems, soil respiration is a key component of carbon emission into the atmosphere – CO2 efflux. Soil CO2 efflux has both temporal variability (due to temperature and moisture changes) and spatial variability, which can be explained by different types of soil, as well as soil use and management, as well as the influence of vegetation of CO2 efflux. The objective of this study was to measure the spatial variability of soil CO2 efflux, soil temperature and soil moisture in areas of Archaeological Dark Earth cultivated with the guandu bean (GB) and pasture (PT), compared to soil use in native forest (NF) in Amazonas, Brazil. To this end, regular meshes were marked out in areas of forest (6 x 6 m spacing), guandu bean (4 x 5 m spacing) and pasture (8 x 8 m spacing) measuring 2,500 m2, 1,700 m2 and 4,800 m2, respectively, with 88 sample points in each area and georeferenced. Soil CO2 efflux (FCO2) and soil temperature (ST) were measured at the points of intersection of the meshes, and soil samples were collected at the depth of 0.00-0.10 m to determine soil moisture (SM) in the laboratory. FCO2 measurements were taken using LI-6400 systems. At the same time, measurements were taken of soil temperature (ST) at the depth of 0.00-0.10 m, using a portable thermistor thermometer, and of soil moisture (SM), using soil samples collected at the depth of 0.00-0.10 m. FCO2 and ST were lower in the forest area, with higher SM content, with no difference between FCO2 and ST in GB and PT, but with lower SM content in PT. The models of the experimental semivariograma were predominantly spherical, except for FCO2 in the NF and GB areas, and SM​ in the ​PT area, which were adjusted to the exponential model. The maps of patterns of spatial distribution indicate a trend of concentration, with positive correlation of FCO2 with SM and negative correlation of FCO2 with ST in natural forest. Positive correlations were observed of FCO2 with ST and SM in GB, but in PT, FCO2 correlations were restricted to SM.

  • Número de páginas: 25

  • Milton César Costa Campos
  • Denilton Carlos Gaio
  • Zigomar Menezes de Souza
  • Marcelo Dayron Rodrigues Soares
  • Douglas Marcelo Pinheiro da Silva
  • Emily Lira Simões
  • José Maurício da Cunha
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