Ebook - Tecnologias de embalagens - 500 perguntas frequentes: visões acadêmicas e tecnológicas discutidas e comentadasAtena Editora

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1. Tecnologia de embalagens. I. Anjos, Carlos Alberto Rodrigues. II. Título.

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capa do ebook Tecnologias de embalagens - 500 perguntas frequentes: visões acadêmicas e tecnológicas discutidas e comentadas

Tecnologias de embalagens - 500 perguntas frequentes: visões acadêmicas e tecnológicas discutidas e comentadas

Publicado em 24 de março de 2023.

Prezada leitora, ou prezado leitor, como quase todos os PREFÁCIOS,
esse é, também, um POSFÁCIO. Para escrevê-lo precisei conhecer seu autor,
sua caminhada na Vida e no Mundo e suas realizações profissionais.
Então, quem é a pessoa que irá responder às 500 perguntas propostas
nesta obra? Que caminhos foram construídos na sua caminhada? Quais foram
as pessoas que o auxiliaram nessa caminhada? Que respostas ele dá às
questões formuladas? Em síntese, quem é CARLOS ALBERTO RODRIGUES
ANJOS, autor do presente livro?
Na busca dessas respostas, você está sendo convidada(o) a fazer,
comigo, uma viagem ao mundo do autor, o ANJINHO, e uma outra ao mundo
mágico da EMBALAGEM, enquanto CONCEITO e IMAGEM, por ele construídos
e apresentados neste livro. Algumas questões sobre o autor, sua vida e
realizações, serão respondidas por mim; as 500 do livro e muitas outras o serão
por Carlos Alberto, vários autores e atores.
Na sociedade de consumo em que vivemos e transitamos, onde se
assume escancaradamente que ‘imagem é tudo’, a velha e boa máxima romana
que diz ‘não bastar à mulher de César ser honesta; tem, também, que parecer
honesta’ se aplica com perfeição a um sistema físico-mecânico-promocional
denominado EMBALAGEM, que, em síntese, deve ‘proteger o que vende e
vender o que protege’.
Esse foi o conceito-síntese que os membros da Associação Brasileira
de Embalagem – ABRE, nos ensinaram, durante a realização do I COBEM,
em 1978, em São Paulo. Hoje, a ele, fazemos um pequeno e importantíssimo
acréscimo que, dessa forma, passa a ser esse: ‘EMBALAGEM é o sistema que
protege o que vende e vende o que protege, sem comprometer, deteriorar ou
destruir o ambiente e a saúde...’
Não se trata de uma imagem abstrata ou etérea, é a imagem bem
concreta e marcante de um produto que tem por funções, além de ‘proteger o
que vende e vender o que protege’; conter, transportar, informar e até educar...
Sim, as EMBALAGENS devem cumprir, também, uma função pedagógica e não
podem concorrer para a degradação e destruição da saúde dos consumidores e
do ambiente saudável...!
Nessa nossa viagem fantástica, regressemos ao primeiro semestre de
1979, no Departamento de Tecnologia de Alimentos – DTA, da Universidade
Federal de Viçosa. Um jovem carioca, CARLOS ALBERTO RODRIGUES
ANJOS, nascido no Dia do Trabalho do ano de 1957, cursando o sétimo período
do curso de Engenharia de Alimentos (segunda turma da UFV), torna-se meu
aluno na disciplina de ACONDICIONAMENTO E EMBALAGEM.
Órfão de pai, aos 13 anos, Carlos Alberto, junto com o irmão mais velho,
começou a trabalhar em diferentes situações, muitas vezes insalubres, para
fazer face às despesas familiares, que, a essa altura, não conseguia prover as
condições ideais de subsistência a todos os sete membros da família.
Aos 17 anos de idade, em 1976, através da sua madrinha de batismo, a
querida colega do Departamento de Economia Rural da Universidade Federal de
Viçosa - UFV, Professora Sônia Coelho de Alvarenga, foi para a cidade de Viçosa
em Minas Gerais, a fim de iniciar os estudos na Universidade Federal de Viçosa
UFV, onde ingressou no Curso de Engenharia de Alimentos, ficando distante
da família e privado do convívio e carinho familiar de sua mãe e de seus seis
irmãos. Nesse mesmo ano prestou serviço militar, fazendo o curso de formação
de Cabos, no Tiro de Guerra TG 04-162, em Viçosa, Minas Gerais.
Em 1978, durante os intervalos de aulas na UFV e no período noturno,
começou a lecionar em cursos pré-vestibulares. Essa experiência o auxiliou no
aprendizado das disciplinas do curso de Engenharia de Alimentos, lhe despertou
o interesse pelo ensino de ciências e serviu como treinamento didáticopedagógico
para o futuro mestre que já despontava. Ainda no ano de 1979, após
cursar a disciplina de Acondicionamento e Embalagem, do curso de Engenharia
de Alimentos, foi por mim convidado para ser monitor daquela disciplina, em
função do seu destacado interesse pela área.
Após a formatura em 1° de agosto de 1980, foi, no mesmo mês, trabalhar
na empresa Alcan Alumínio do Brasil S.A., multinacional canadense do ramo
metalúrgico, no Departamento de Embalagens flexíveis. O Engenheiro Jean
Bergerot Filho, nosso velho amigo e parceiro, foi o padrinho dessa indicação.
Em 1983, em busca de novos desafios, foi admitido na empresa
Fleischmann & Royal Produtos Alimentícios Ltda., multinacional americana que
atualmente chama-se Kraft Alimentos. Em 1985, deixou a empresa e aceitou
um novo e diferente desafio: foi admitido na empresa Merck Sharp & Dohme,
Produtos Farmacêuticos, multinacional americana, para criar um setor de
Qualidade e Avaliação de Embalagens e Processos, lá permanecendo até 1988.
Ter conhecido, convivido e trabalhado com o ANJINHO foi uma honra e
uma graça que Deus me concedeu.
Num planeta com cinco ilhas oceânicas artificiais, feitas de lixo,
principalmente de embalagens plásticas; com desabastecimento de embalagens
de vidro; com a ausência de redução, reutilização e reciclagem das várias
embalagens e de seus materiais de fabricação nos níveis desejáveis; com o
Novo Marco Legal do Saneamento Básico no Brasil; com a ausência de políticas
e práticas de destinação dos resíduos sólidos provenientes dos setores fabris e
da sociedade em geral, incluindo, é claro, as embalagens; com a necessidade
premente de se implementar um eficiente sistema de Logística Inversa (reversa)
das embalagens, fica patente que um ‘passeio’ pelas páginas deste livro será
uma aventura extremamente desafiante e compensatória.
O livro “TECNOLOGIAS DE EMBALAGENS – 500 perguntas frequentes
– Visões acadêmicas e tecnológicas, discutidas e comentadas” pretende, de
maneira simples e didática, relatar situações, cases de mercado, perguntas e
dúvidas recorrentes em fabricantes e usuários em geral dos diferentes segmentos
da engenharia de embalagens.
O objetivo deste livro é fornecer alternativas de consulta e respostas
adequadas aos problemas relacionados ao dia a dia dos profissionais de
embalagens e para alunos dos cursos técnicos e das engenharias em geral que
exercerão suas atividades futuras em desenvolvimento de embalagens, para
linhas cada vez mais produtivas e que necessitam de evolução constante.
Podemos, também, afirmar que este livro será uma fonte de consulta
complementar às disciplinas de embalagens ministradas nos cursos técnicos
e superiores, principalmente de engenharia de alimentos, farmácia, química,
mecânica etc.
O livro aborda situações envolvendo materiais oriundos das fontes
primárias retiradas da natureza em suas diferentes formas (petróleo: plásticos;
minérios: aço, alumínio; vidro; celulose: papel, cartão, papelão e madeira), suas
características, processos de transformação, funções e aplicações, reciclagem,
legislação, dentre outras. Além disso, destaca equipamentos e sistemas de
embalagem, sistemas de fechamento e produtos e acessórios de embalagens
em geral.
Não menos importante nos nossos dias, os “mitos e verdades” sobre
embalagens são abordados com as devidas justificativas técnicas e ou
tecnológicas. Alguns deles criados há muitos anos e que, por não se conhecer
realmente a verdade, perduram por muito tempo.
Respostas a questionamentos tais como: “por que a cor azul dos garrafões
retornáveis de 10 e 20 litros de água mineral, distribuídos e comercializados
no Brasil e em alguns países vizinhos?”; “quais materiais produzem dióxido
de carbono, bem como substâncias derivadas de enxofre e nitrogênio para a
atmosfera?”; “quais materiais dispendem mais energia para a fabricação e para
a respectiva reciclagem?” Todas essas questões serão abordadas e muito bem
respondidas nesta importante obra.
Algumas questões se destacam pela relação quase-umbilical com
as práticas culinárias cotidianas que, sem sombra de dúvida, despertarão a
curiosidade e chamarão para si a atenção das leitoras e dos leitores:
1. Qual a razão das folhas de alumínio para embalagens flexíveis
possuírem uma face fosca e outra face brilhante?
2. Existe diferença de conservação das cervejas entre garrafas de cor
verde em relação às garrafas de cor âmbar?
3. O fenômeno de “fadiga estática” em embalagens de vidro está
associado ao manuseio prolongado delas?
4. Ainda há dúvidas por parte dos consumidores leigos sobre comprar
ou não comprar latas de conservas alimentícias com amassamentos
nas laterais. Qual(is) a(s) verdadeira(s) razão(ões)?
5. Basicamente qual a diferença entre ‘atmosfera modificada’ e
atmosfera controlada?
6. Como funcionam as válvulas inteligentes “one-way” utilizadas no
acondicionamento de café torrado em grãos em embalagens flexíveis?
7. O revestimento de ovos frescos utilizando uma solução de amido
pode exercer influência na vida de prateleira desses produtos? Como
ocorre essa proteção externa?
Essas questões, associadas a muitas outras e aos conselhos disponíveis
nas mídias sociais, como os abaixo apresentados, são extremamente
interessantes e poderão ser respondidas pelo autor, nesta obra e em outras de
sua autoria, ou através do contato direto com ele.
• Jamais esquente no micro-ondas bebidas e alimentos acondicionados
no plástico. O bisfenol-A (BPA) é liberado em maiores
quantidades quando o plástico é aquecido.
• Evite levar ao freezer alimentos e bebidas acondicionadas no plástico.
A liberação do composto também é mais intensa quando há um
resfriamento do plástico.
• Evite o consumo de alimentos e bebidas enlatadas, pois o BPA é
utilizado como resina epóxi no revestimento interno das latas.
• Evite pratos, copos e outros utensílios de plástico. Opte pelo vidro,
porcelana e aço inoxidável na hora de armazenar bebidas e alimenPrefácio
tos.
• Descarte utensílios de plástico lascados ou arranhados. Evite lavá-
-los com detergentes fortes ou colocá-los na máquina de lavar louças.
• Caso utilize embalagens plásticas para acondicionar alimentos ou
bebidas, evite aquelas que tenham os símbolos de reciclagem com
os números 3 e 7 no seu interior e na parte posterior das embalagens.
Eles indicam que a embalagem contém ou pode conter o BPA
na sua composição.
Destacamos, no entanto, que a obra proporciona uma abordagem
técnica que permite fundamentar cientificamente muitos desses conselhos
disponibilizados nas mídias sociais e, até mesmo, questioná-los, tendo em vista
que muitos deles são duvidosos ou incorretamente abordados.
Seria um imperdoável lapso de memória e uma irreparável injustiça se eu
não trouxesse ao conhecimento das leitoras e dos leitores deste livro, os nomes
e as importantes contribuições na formação profissional e na caminhada deste
grande autor, professor, pesquisador e extensionista, que foram dadas pelos
amigos Jean Bergerot Filho, engenheiro da ALCAN, e pelo Professor Doutor
José de Assis Fonseca Faria, querido amigo e colega de magistério na UFV.
Podem acreditar, juntos e solidariamente, ajudamos a construir o mais destacado
e importante luminar do ACONDICIONAMENTO e da EMBALAGEM no Brasil: o
Professor Doutor CARLOS ALBERTO RODRIGUES ANJOS.
Boa leitura! Você, com certeza, irá gostar muito.

Prof. Dr. Benjamim de Almeida Mendes

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Tecnologias de embalagens - 500 perguntas frequentes: visões acadêmicas e tecnológicas discutidas e comentadas

  • DOI: 10.22533/at.ed.724232403

  • ISBN: 978-65-258-1272-4

  • Palavras-chave: 1. Tecnologia de embalagens. I. Anjos, Carlos Alberto Rodrigues. II. Título.

  • Ano: 2023

  • Número de páginas: 235

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