É antiga a discussão, dentro do espectro da Governança Corporativa, sobre qual é o real papel das empresas. Destacam-se duas teorias antagônicas: a teoria da maximização da riqueza dos acionistas (shareholders) e a teoria do equilíbrio de interesses das partes interessadas (stakeholders). O modelo de Governança no Brasil, conforme estudos e pesquisas, apresenta maior foco na busca de atingimento dos interesses das empresas e dessa forma, espera-se que os administradores das empresas situadas no Brasil, através de suas ações e decisões, estejam alinhados ao atingimento desses objetivos.

Neste trabalho, buscou-se conhecer, em especial, em favor de quais interesses tomam decisões os profissionais do primeiro nível financeiro, os CFOs – Chief Financial Officers, em português, Diretores(as) Financeiros (as), atuantes em empresas situadas no Brasil. Através da realização de pesquisa junto a esses profissionais, pôde-se constatar que há a tendência pelo equilíbrio na escolha por decisões que vão ao encontro dos interesses dos shareholders e dos stakeholders, sinalizando que, em verdade, suas decisões buscam o atingimento dos melhores resultados da empresa. Dessa forma, os CFOs, em sua maioria, apresentam atuação interessante tanto para shareholders como para stakeholders, uma vez que uma empresa que atinja melhores resultados e maximize suas riquezas, oferecerá aos dois grupos, perenidade de resultados e benefícios.