Este estudo avaliou a resistência ao desgaste fisiológico da camada de caracterização aplicada sobre cerâmica híbrida com diferentes tratamentos de superfície, em função do antagonista. Foram confeccionados 160 discos (12 mm de diâmetro, 1,2 mm de espessura) de cerâmica híbrida com polímero (Vita Enamic, Vita Zhanfabrick, Bad Säckingen, Alemanha) e foram polidos com lixas de carbeto de silício até # 1200 e divididas aleatoriamente em grupos experimentais (n = 10), de acordo com o tratamento da superfície da cerâmica previamente à caracterização e a finalização da cerâmica com camada de glaze ou não (P: amostras polidas sem caracterização; PG: amostras polidas, finalização com glaze; C: pigmentação convencional; CG: pigmentação convencional, finalização com glaze; J: jateamento; JG: jateamento, finalização com glaze; S: uso de silano autocondicionante; SG: uso de silano autocondicionante, finalização com glaze). Metade dos espécimes foram submetidos à simulação do desgaste fisiológico com aplicadores de esteatita, enquanto para a outra metade com aplicadores de cerâmica híbrida. Com auxílio de perfilômetro de contato foram analisados parâmetros de rugosidade. A rugosidade média Ra e espaçamento RSm foram analisados pela estatística ANOVA 3 fatores (tratamento de superfície x presença de glaze x antagonista), seguido por teste de Tukey com a=5%. Houve influência da interação dos 3 fatores na rugosidade média (Ra) da cerâmica PIC (p=0,000) e na interação 2 fatores (tratamento de superfície x presença glaze) na rugosidade de espaçamento RSm da cerâmica PIC (p=0,011). A cerâmica híbrida necessita de um tratamento de superfície para que seja realizada a caracterização extrínseca. A aplicação do glaze após a caracterização reduz a rugosidade superficial e o potencial de desgaste do antagonista.