Ebook - Protocolo de caracterização de afloramentos rochosos: uma ferramenta para conservação e restauração de habitatsAtena Editora

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1. Afloramentos rochosos. 2. Conservação e restauração de habitats. I. Matiello,...

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capa do ebook Protocolo de caracterização de afloramentos rochosos: uma ferramenta para conservação e restauração de habitats

Protocolo de caracterização de afloramentos rochosos: uma ferramenta para conservação e restauração de habitats

Publicado em 19 de março de 2024.

Apesar de ser mais conhecido por sua vegetação campestre em extensas planícies, o Pampa brasileiro possui habitats e ecossistemas diversos, com elevada biodiversidade e endemismo. Alguns são muito específicos, como os afloramentos rochosos, que consistem na exposição do material de origem na superfície do solo, formando micro-habitats (e.g. frestas, ilhas de solo, rocha com vegetação incipiente), e estão associados à restrição da disponibilidade hídrica do substrato e alta insolação, situando-se, predominantemente, em meio aos campos. Essa exposição ocorre por meio de processos naturais, associando-se a pedosequências variadas, desde associações com Argissolos como com solos mais incipientes como os Cambissolos e Neossolos Litólicos.
No Pampa brasileiro, os afloramentos ocupam uma área de 29.739 hectares (MAPBIOMAS, 2022), formando microambientes que se distinguem na paisagem campestre. Abrigam espécies da flora e da fauna ainda pouco conhecidas, mas já ameaçadas de extinção, como é o caso da única lagartixa nativa do bioma Pampa, a lagartixa-das-pedras (Homonota uruguayensis), do cacto-bola (Parodia ottonis) e da bromélia Dyckia vicentensis.
Atualmente, os ecossistemas campestres, onde a maioria dos afloramentos rochosos ocorrem, sofrem ameaças pela conversão das áreas para monocultivos agrícolas, silviculturais e pastagens cultivadas. Além disso, a invasão biológica, o pisoteio e sobrepaspastejo por caprinos ou bovinos e o extrativismo ilegal de plantas ornamentais contribuem para a degradação destes ambientes tão importantes para a conservação da biodiversidade e manutenção de serviços ecossistêmicos.
Os afloramentos rochosos fazem parte da identidade do Pampa brasileiro e possuem grande importância ecossistêmica nas regiões em que ocorrem. No entanto, estudos sobre esses ambientes ainda são escassos, o que aumenta sua vulnerabilidade.
Diante disso, esta publicação apresenta um protocolo inédito de descrição e diagnóstico de afloramentos rochosos, fruto dos desafios encontrados em nossos trabalhos para restauração desses habitats na Reserva Biológica do Ibirapuitã (Rebio do Ibirapuitã), uma importante Unidade de Conservação com inúmeros afloramentos rochosos no bioma Pampa.
Descrevemos, passo a passo, a abordagem metodológica para a seleção de variáveis e produção do protocolo e compilamos os principais resultados obtidos a partir da testagem, calibração e validação das variáveis selecionadas. Apresentamos, como apêndices, um “Roteiro para o levantamento de variáveis para a caracterização e diagnóstico de afloramentos rochosos” e uma “Tabela de campo para levantamento da vegetação de afloramentos rochosos". Nossa intenção é difundir a aplicação de um método prático e acessível e que poderá ser adaptado e aplicado em diferentes biomas brasileiros.
Com votos de uma boa leitura,
Os autores e autoras.

 

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Protocolo de caracterização de afloramentos rochosos: uma ferramenta para conservação e restauração de habitats

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.089241903

  • ISBN: 978-65-258-2308-9

  • Palavras-chave: 1. Afloramentos rochosos. 2. Conservação e restauração de habitats. I. Matiello, Jhonitan. II. Granzotto, Fabiane. III. Fockink, Guilherme Diego. IV. Título.

  • Ano: 2024

  • Número de páginas: 56

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