Política linguística nas escolas Yanomami e Potiguara
Publicado em 30 de dezembro de 2022.
A presente obra reúne reflexões sobre a Política Linguística Nacional no contexto
do ensino-aprendizagem de línguas indígenas em escolas Yanomami e Potiguara2,
respectivamente, escolas localizadas no estado do Amazonas e no estado da Paraíba. A
pesquisa iniciou, em 2010, na fase de doutoramento da autora Hellen Picanço e, desde
então, a pesquisa vem sendo ampliada e publicada em parceria com as pesquisadoras
Regina Celi Pereira e Raynice Geraldine, respectivas orientadora e coorientadora da
pesquisa na época do doutoramento.
Este trabalho rediscute questões apresentadas no formato de artigo em revistas
e capítulos de livros ao longo dos anos, os quais, nesta fase, passaram por ampliação
e revisão, projetando um novo olhar sobre os dados e, ao mesmo tempo, atualizando
informações sobre a educação escolar yanomami e potiguara. Para tanto, o livro foi
organizado em quatro capítulos: Capítulo 13, intitulado Yanomami e Potiguara: história de
contato, no qual apresentamos os povos Yanomami e Potiguara, contando sua história
de contato e mostramos a sua situação sociolinguística, filiação genética e linguística das
línguas indígenas em estudo; Capítulo 2: Educação Escolar nas comunidades Yanomami
e Potiguara4, no qual narramos como ocorreu o processo de implantação da educação
escolar indígena nas comunidades em estudo e analisamos o modelo de ensino escolar
nelas implantado e executado atualmente. Capítulo 3: Política Linguística e Ensino Bilíngue
Yanomami e Potiguara5, em que discutimos o tema Política Linguística, mostrando seu
conceito, historicidade e quais Políticas Linguísticas respaldam o ensino das línguas
tupi e yanomami nas escolas indígenas pesquisadas, bem como quais as dificuldades
na implantação do planejamento linguístico de cada proposta; Capítulo 4, Intitulado
Institucionalização de línguas nas escolas yanomami e potiguara, em que mostrando os
motivos das línguas indígenas e portuguesa se fazem presente nas escolas e mostramos
o porquê de a política linguística nacional não conseguir avançar junto a ambos povos
indígenas estudados. Por fim, apresentamos nossas considerações finais com as quais
esperamos fomentar as discussões sobre Política Linguística para as línguas indígenas
do Brasil.
Boa leitura!
Hellen Cristina Picanço Simas
Regina Celi Mendes Pereira
Raynice Geraldine Pereira da Silva
1 Obra publicada com recurso do edital n.º 031 /2021 – PROPESP/UFAM PROGRAMA DE APOIO À PUBLICAÇÃO
DE LIVROS– 2021.
2 Para escrita dos nomes dos povos indígenas, seguimos as orientações da ABA “Os nomes tribais, quer usados como
substantivos, quer como adjetivos, não terão flexão de gênero e de número, a não ser que sejam de origem portuguesa
ou morficamente aportuguesados” (ABA, 1954. p.1).
3 Os dados sobre a situação sociolinguística do povo yanomami foram publicados no livro organizado por Francisco
Edviges Albuquerque; Paulo Hernandes Gonçalves da Silva. (Org.) Educação Linguística em Contextos Interculturais
Amazônicos. 1ed.São Paulo: Pontes, 2017, v.1, p. 78-98
4 A discussão sobre a Educação Escolar Potiguara foi publicada no livro Encontro de Saberes: Artes, Arquitetura, Saúde, Ciências Sociais e Humanas. 6ed.São Paulo: Ser +, 2015, v. 1, p. 237-250 e a discussão sobre a Educação Escolar Yanomami foi publicada no livro Fronteiras de Saberes. 1ed.Manaus: Adua, 2016, v. 1, p. 288-301.
5 A discussão sobre Política Linguística Nacional na Escola Yanomami foi publicada na Revista do GELNE (UFC), v.
17, p. 131-158, 2015.
Política linguística nas escolas Yanomami e Potiguara
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DOI: 10.22533/at.ed.369222912
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ISBN: 978-65-258-0836-9
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Palavras-chave: 1. Línguas indígenas. 2. Linguística. 3. Escolas Yanomami e Potiguara. I. Simas, Hellen Cristina Picanço. II. Pereira, Regina Celi Mendes. III. Silva, Raynice Geraldine Pereira da. IV. Título.
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Ano: 2022