Ebook - Plano de recuperação para o Parque Estadual do EspinilhoAtena Editora

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1. Parque Estadual do Espinilho - Barra do Quaraí/RS. I. Rovedder, Ana Paula Mor...

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Plano de recuperação para o Parque Estadual do Espinilho

Os ecossistemas do Pampa, no Brasil, são restritos ao Rio Grande do Sul. Esse bioma ocupa a metade sul do estado em uma área de 180 mil km2, equivalente a 63% da área estadual e 2% do território nacional. O Pampa é, primordialmente, um território de tensão ecológica. As fitofisionomias mais expressivas se dividem em floresta, campos, formações arbustivas e formação parque, onde se registra elevado grau de endemismo e diversidade (Boldrini, 2009; Guarino et al., 2018; Rovedder, 2014). Ainda que reconhecida sua importância, seu patrimônio natural enfrenta ameaças, como a supressão de áreas naturais, degradação do solo, arenização, redução de conectividade e serviços ecossistêmicos, invasão biológica e extinção de espécies (Ferreira; Filippi, 2010; Mapbiomas, 2022).
Além da problemática da conversão da vegetação natural para outros usos e invasão biológica no Pampa, há pequena representatividade de áreas naturais protegidas por unidades de conservação. Apenas 3,3% da sua área faz parte do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (UC), sendo 2,4% em unidades de conservação de uso sustentável e 0,9% de proteção integral. Entre as UC do Pampa, o Parque Estadual do Espinilho (PESP) e a Reserva Biológica do Ibirapuitã (REBIO do Ibirapuitã) são unidades de proteção integral fundamentais para a conservação do seu patrimônio. Contudo, como em outros ecossistemas naturais do bioma, essas UC enfrentam desafios de conservação, como invasão biológica, áreas degradadas que precisam ser recuperadas, entre outros.
Neste plano de recuperação apresentamos um mapeamento das situações de degradação do Parque Estadual do Espinilho (PESP), realizado a partir das campanhas de campo, informações de contato com gestores dessa UC, imagens orbitais e mapeamento. Foram identificadas tipologias de degradação e invasão biológica na UC e caracterizados componentes abióticos (solo) e bióticos (flora e fauna).
O presente plano de recuperação é um dos produtos obtidos do Projeto RestauraPampa: plano de recuperação de áreas degradadas em unidades de conservação do bioma Pampa, desenvolvido em parceria entre Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (FATEC), Núcleo de Estudos e Pesquisas em Recuperação de Áreas Degradadas da Universidade Federal de Santa Maria (NEPRADE-UFSM), com apoio financeiro do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) no âmbito do Projeto Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal (GEF Terrestre), que é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e tem o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como agência implementadora e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) como agência executora.
Os resultados do diagnóstico dos meios biótico e abiótico são apresentados com a análise de cobertura e uso do solo, levantamento de solos, levantamento florístico-fitossociológico e monitoramento de fauna. A partir de dados preliminares e do próprio diagnóstico a UC foi dividida em diferentes áreas, as quais correspondem a um conjunto semelhante dos atributos bióticos e abióticos levantados. Tal divisão permitiu o planejamento das estratégias e recomendações de forma otimizada, considerando a heterogeneidade ambiental diagnosticada.
 

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Plano de recuperação para o Parque Estadual do Espinilho

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.959252910

  • ISBN: 978-65-258-3695-9

  • Palavras-chave: 1. Parque Estadual do Espinilho - Barra do Quaraí/RS. I. Rovedder, Ana Paula Moreira. II. Fockink, Guilherme Diego. III. Procknow, Djoney. IV. Título.

  • Ano: 2025

  • Número de páginas: 159

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