Ebook - Plano de recuperação para a Reserva Biológica de IbirapuitãAtena Editora

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1. Conservação e preservação dos recursos naturais. I. Ana Paula Moreira Rovedde...

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capa do ebook Plano de recuperação para a Reserva Biológica de Ibirapuitã

Plano de recuperação para a Reserva Biológica de Ibirapuitã

Publicado em 28 de agosto de 2025.

Os ecossistemas do Pampa, no Brasil, são restritos ao Rio Grande do Sul. Esse bioma ocupa a metade sul do estado em uma área de 193.836 mil km2, equivalente a 68,8% da área estadual e 2,3% do território nacional (IBGE, 2019). O Pampa é, primordialmente, um território de tensão ecológica. As fitofisionomias mais expressivas se dividem em florestas, campos, formações arbustivas e formação parque, onde se registra elevado grau de endemismo e diversidade (Boldrini, 2009; Guarino et al., 2018; Rovedder, 2014). Ainda que reconhecida sua importância, seu patrimônio natural enfrenta ameaças, como a supressão de áreas naturais, degradação do solo, arenização, redução de conectividade e serviços ecossistêmicos, invasão biológica e extinção de espécies (Ferreira; Filippi, 2010; MapBiomas, 2022).
Além da problemática da conversão da vegetação natural para outros usos e invasão biológica no Pampa, há pequena representatividade de áreas naturais protegidas por Unidades de Conservação (UC). Apenas 3,3% da sua área faz parte do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), sendo 2,4% em unidades de conservação de uso sustentável e 0,9% de proteção integral. Entre as UC do Pampa, o Parque Estadual do Espinilho (PESP) e a Reserva Biológica de Ibirapuitã (Rebio de Ibirapuitã) são unidades de proteção integral fundamentais para a conservação do seu patrimônio. Contudo, como em outros ecossistemas naturais do bioma, essas UC enfrentam desafios de conservação, como invasão biológica por espécies de fauna e flora, pressões antrópicas pelas atividades de pecuária, caça e pesca e áreas degradadas que precisam ser recuperadas, entre outros.
Neste plano de recuperação apresentamos um mapeamento das situações de degradação da Rebio de Ibirapuitã e entornos, realizado a partir das campanhas de campo, informações de contato com gestores da UC, imagens orbitais e mapeamento. Foram identificadas tipologias de degradação e invasão biológica na UC e seu entorno e caracterizados componentes abióticos (solo) e bióticos (flora e fauna). Essas informações foram utilizadas para embasar estratégias de restauração e conservação para os diferentes ecossistemas da UC.

O presente plano de recuperação é um dos produtos obtidos do Projeto RestauraPampa: plano de recuperação de áreas degradadas em unidades de conservação do bioma Pampa, desenvolvido em uma parceria entre Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (FATEC), Núcleo de Estudos e Pesquisas em Recuperação de Áreas Degradadas da Universidade Federal de Santa Maria (NEPRADE/UFSM), com apoio financeiro do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) no âmbito do Projeto Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal (GEF Terrestre), que é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e tem o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como agência implementadora e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) como agência executora.
Os resultados do diagnóstico dos meios biótico e abiótico são apresentados com a análise de cobertura e uso do solo, levantamento de solos, levantamento florísticofitossociológico e monitoramento de fauna. A partir de dados preliminares e do próprio diagnóstico, a UC foi dividida em diferentes áreas, as quais correspondem a um conjunto semelhante dos atributos bióticos e abióticos levantados. Tal divisão permitiu o planejamento das estratégias e recomendações de forma otimizada, considerando a heterogeneidade ambiental diagnosticada.

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Plano de recuperação para a Reserva Biológica de Ibirapuitã

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.638252208

  • ISBN: 978-65-258-3663-8

  • Palavras-chave: 1. Conservação e preservação dos recursos naturais. I. Ana Paula Moreira Rovedder (Coordenadora). II. Título.

  • Ano: 2025

  • Número de páginas: 161

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