Publicado em 04 de outubro de 2022.

Estimados leitores e leitoras;

Em sua primeira edição, a obra ‘Moda e business’ tem por objetivo apresentar discussões acerca das diferentes vertentes, seja elas simbólicas, estéticas ou técnicas, da Moda enquanto objeto de consumo, detentora de um papel social e econômico que imbrica significados e produz sentidos para os consumidores. 
Pensando nisso, a coletânea ‘Moda e business’ desponta como um espaço possível para compartilhamento de ideias sobre os sujeitos que consomem produtos de moda, tal como o significado destes artefatos para a sociedade, focando especialmente como moldam e refletem o contexto sociocultural em que vivemos. De tal maneira, “A moda funciona como carteira de identidade de uma pessoa ou grupo, predominantemente durante certo período em determinada região. Trata-se de dispositivo social, portanto o comportamento orientado por ela é fenômeno presente na interação do homem com o mundo” (MIRANDA, 2008, p. 70) . Portanto, ao longo de 4 capítulos, esta obra cristaliza as falas de seus autores e contribui diretamente para a construção do conhecimento na área de Moda.
No primeiro capítulo, denominado de ‘Para sentir-se bem com a Moda e a consciência: estratégias das consumidoras frugais’, os autores entrevistaram dez mulheres, entre 20 e 55 anos, de modo a identificar o comportamento de consumo de Moda centrado na perspectiva do frugalismo, isto é, aquelas pessoas que tendem a ampliar o período de utilização de seus produtos, consumindo de maneira mais consciente e simples.
No segundo capítulo, denominado de ‘Figurino de ballet: a evolução e a construção do tutu’, os autores empregam o método de revisão bibliográfica de modo a traçar uma linha do tempo histórica acerca da criação e utilização das peças pelo ballet, com ênfase ao tutu.
No terceiro capítulo, denominado de ‘Moda sustentável no fast fashion: é possível?’, os autores realizaram uma pesquisa de levantamento, com análise bibliográfica e documental, de modo a entender de quais formas os grandes varejistas de fast fashion vem inserindo os princípios de sustentabilidade em suas marcas.
No quarto e último capítulo, denominado ‘O consumo do modo de vida de Downton Abbey’, os autores constroem uma análise, empregando pressupostos da semiótica greimasiana, de modo a discutir sobre o papel do seriado supramencionado no consumo e reflexo do estilo de vista dos seus espectadores.
Espera-se que esta coleção de artigos possa ampliar as possibilidades, visões e reflexões de todos os leitores ao fornecer insights críticos e reflexivos sobre o consumo e uso dos produtos e dos estilos de vida, através da moda e da cultura como formadora e mediadora de inter-relações sociais. 
A todos e todas, esperamos que gostem e que tenham uma agradável leitura!

Fabiano Eloy Atílio Batista
Ítalo José de Medeiros Dantas
Organizadores
 

[1] MIRANDA, A. P. Consumo de moda: a relação pessoa-objeto. São Paulo: Estação dasLetras e Cores, 2008.