Manual de habilidades clínicas III: geriatria
Publicado em 08 de novembro de 2023.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), define o idoso como aquele individuo com
60 anos ou mais para países em desenvolvimento, como no Brasil, e 65 anos ou mais para
países desenvolvidos, sendo que em alguns países já apresentam ponto de corte mais
elevado para considerar uma pessoa como idosa.
Ao longo dos anos, a população idosa aumentou de forma significativa. A
longevidade, porém, trouxe consigo uma nova perspectiva da medicina, em relação à
Geriatria, Gerontologia e a Medicina Paliativa. Segundo o Instituto Brasileiro Geografia
Estatística (IBGE), estima-se que no ano de 2050 cerca de 30% da população brasileira
esteja na faixa etária dos 60 anos de idade. Sendo assim, os estudos e cuidados com
os idosos são de extrema necessidade e devem ser abordados dentro e fora do meio
acadêmico.
Segundo dados do censo de 2000, do total de habitantes, 15,5 milhões tinham 60
anos ou mais, o que representava 10% da população geral. Projeções para 2025 indicavam
que esse número seria superior a 30 milhões, o que corresponderia a 14% da população
total estimada. Entretanto, o avanço dos números ultrapassou a previsão do IBGE, pois
segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2017, o número de
idosos já representava 14,6% da população brasileira, correspondendo a 30,3 milhões de
pessoas acima de 60 anos.
Esse crescimento acarreta mudanças nos diversos segmentos da sociedade,
educação, saúde, política e economia. Sabe-se, por exemplo, que a associação entre
a atual longevidade dos brasileiros e a frequência de doenças crônicas resulta na taxa
elevada de idosos portadores de comorbidades e/ou incapacidades.
As mudanças que incluem o envelhecimento são complexas, entre elas, alterações
metabólicas e funcionais, que com o tempo acarretam uma diminuição das reservas
fisiológicas e um declínio geral de suas funções do indivíduo.
A capacidade funcional é resultado da interação não somente entre fatores individuais,
biológicos, culturais e recursos compensatórios desenvolvidos por uma sociedade, mas
também da fase de transição epidemiológica em que se está inserida.
Ao desenvolver uma resposta de saúde pública ao envelhecimento e uma proposta
de saúde geral às pessoas idosas, é importante não só considerar as abordagens que
melhorem as perdas associadas com o avançar da idade, mas também as perdas que
interferem na capacidade psicossocial. Assim, ao adentrarmos no estudo do envelhecimento,
teremos que entender toda bagagem que a pessoa idosa traz consigo ao longo da vida,
ou seja, teremos que cuidar da saúde de maneira holística, abordando os aspectos físicos,
sociais, psicológicos e espirituais.
Esse manual tem por objetivo, apresentar as peculiaridades do processo do
envelhecimento e a avaliação geriátrica, e de maneira a auxiliar, faremos um breve
recordatório sobre avaliação de um adulto.
Os autores
Manual de habilidades clínicas III: geriatria
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DOI: 10.22533/at.ed.365232410
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ISBN: 978-65-258-1936-5
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Palavras-chave: 1. Geriatria. I. Sakai, Ana Paula Ferreira Silva (Organizadora). II. Gomes, Alzira Leite (Organizadora). III. Vinagre, Nádia Carolina de Lima (Organizadora). IV. Título.
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Ano: 2023
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Número de páginas: 72