O conceito de qualidade de vida vem sendo atualizado de forma a se tornar mais amplo, levando em consideração um conjunto completo de fatores inerentes à vida do ser humano, dentre eles a saúde física e mental. Quando se analisa pessoas com deficiência física, especificamente lesados medulares, estudos apontam que os indicadores da qualidade de vida são significativamente inferiores quando comparados a pessoas sem deficiência. Vários são os fatores que levam à justificativa de tal resultado, dentre eles estão as dores. Na literatura são encontradas muitas queixas relacionadas às dores neuropáticas e musculoesqueléticas, advindas dos danos ao sistema nervoso central e à sobrecarga sobre estruturas como ossos, ligamentos, músculos e articulações, bem como dores relacionadas à sobrecarga de membros superiores como a síndrome do túnel do carpo (STC) e a síndrome do manguito rotador. Além dos tratamentos convencionais para alívio desses quadros álgicos, um outro caminho é comum: rotinas de exercícios físicos e fortalecimento muscular.

Estudos indicam que protocolos bem estabelecidos de exercícios para o fortalecimento muscular são capazes de diminuir a incidência e intensidade dessas dores, comuns na vida do lesado medular. Mesmo diante dessas evidências, o engajamento desse público nessas rotinas é baixo, decorrente de fatores como: adequação de espaços de acordo com normas de acessibilidade, falta de informação desde a locais até programas destinados à prática de exercícios para o público cadeirante e a falta de equipamentos de treinamento projetados especificamente para atender as necessidades individuais dessas pessoas. É nesse cenário que iniciativas como as desenvolvidas por grupos de pesquisa como o CINTESP.Br se tornam essenciais: projeto de equipamentos com tecnologia de ponta e acessíveis, pensados para atender as necessidades específicas de cada indivíduo que visam, dentre outros pontos, facilitar o acesso a uma vida mais saudável, contribuindo para uma melhoria na qualidade de vida dessas pessoas.