Publicado em 16 de janeiro de 2024.

O alto custo de ingredientes convencionais nas rações dos peixes tem incentivado a busca
por alternativas viáveis, estudos apontam que as farinhas de folhas estão entre as fontes
mais baratas de proteína vegetal e podem ser usadas para mitigar esse problema. Embora
elas sejam ricas nutricionalmente, são constituídas de diferentes nutrientes e antinutrientes,
que favorecem e limitam o seu uso, respectivamente. Assim, os efeitos positivos e negativos
desses novos ingredientes ou aditivos alimentares sobre a saúde, o desempenho e aspectos
ambientais devem ser cuidadosamente levados em consideração na avaliação precisa de
uma estratégia nutricional. Portanto, este trabalho busca reunir em um só documento os dados
a respeito de diferentes farinhas de folhas que atualmente são ou potencialmente podem
ser incorporados aos alimentos aquáticos, bem como, dos seus valores bromatológicos,
digestíveis e níveis de inclusão. Além disso, trouxemos alguns desses valores provenientes
de farinhas de folhas fermentadas, visto que essa é uma das técnicas mais empregadas para
diminuir o efeito de alguns antinutrientes. As farinhas de folhas apresentam potencial para
uso na alimentação de peixes, podendo substituir parcialmente ingredientes tradicionais ao
fornecer nutrientes e energia. No entanto, o desenvolvimento de técnicas mais eficientes
de inativação dos antinutrientes poderia torná-las mais eficientes em seu papel, por isso,
pesquisas que maximizem a utilização de farinhas de folhas em dietas aquáticas são
incentivadas.