O propósito dessa pesquisa foi analisar a resistência ao torque reverso de parafusos protéticos e pilares protéticos monocomponentes instalados em prótese fixa de três elementos, sobre conexões de hexágono externo, cone morse e combinação dessas conexões, ambos da marca Anthogyr. Foram confeccionadas seis próteses fixas de três elementos, em metalo-cerâmica, ancoradas por dois implantes, divididas em três grupos, com dois conjuntos de próteses em cada grupo: Grupo I: prótese fixa de três elementos, com dois implantes implante hexágono externo, com pôntico unindo pilares; Grupo II: prótese fixa de três elementos, com dois implantes cone morse, com pôntico unindo pilares; Grupo III: prótese fixa de três elementos, com um implante cone morse e um implante hexágono externo, com pôntico unindo pilares.

As amostras foram confeccionadas e as peças protéticas foram fixadas por meio de parafusos de titânio, os quais receberam um torque de 10 N.cm. Os pilares protéticos receberam um torque de 20N.cm. As próteses fixas foram submetidas à ciclagem mecânica mastigatória programada a 1.000.000 de ciclos e 2Hz de velocidade com carga de 50N. Ao final das ciclagens as amostras sofriam o torque reverso e os valores encontrados foram submetidos à análise estatística utilizando-se dos testes de Shapiro-Wilk, Levene, t de Student, Tukey e Pearson, conforme a conveniência.

Os resultados mostraram que o torque reverso dos parafusos protéticos não foi significativamente afetado independentemente do grupo testado, porém, para os pilares protéticos, quando houve combinação dos dois tipos de conexão, houve uma diferença no torque reverso dos dois pilares, sendo significativamente menor no componente com conexão de hexágono externo. Sendo assim, os resultados mostram que a união de sistemas parece interferir no valor do torque reverso de pilares protéticos.