Estudo cefalométrico radiográfico dos padrões de crescimento facial em pacientes com maloclusões de classe II, divisão 1ª de Angle, tratados ortodonticamente pela técnica do arco de canto
Publicado em 05 de julho de 2023.
A proposta deste estudo foi descrever e comparar as alterações dentoesqueléticas
produzidas pelo tratamento ortodôntico/ortopédico, em uma amostra de maloclusão de
Classe II, divisão 1a de ANGLE, composta por indivíduos nos três tipos faciais: Mesofacial,
Braquifacial e Dólicofacial. A amostra de 63 pessoas, leucodermas brasileiras, na fase de
dentição permanente, com idade média de 12 anos e 8 meses, foi dividida em 22 indivíduos
do tipo Mesofacial, 23 do tipo Braquifacial e 18 do tipo Dólicofacial. Todos os pacientes da
amostra foram tratados pela Técnica do Arco de Canto, que seguiu uma mecânica apropriada
para cada tipo facial, e submetidos à extração dos quatro primeiros pré-molares. Com base
nos resultados obtidos e segundo a metodologia utilizada, parece-nos lícito concluir que:
1. Padrão dentoesquelético entre as fases Início e Término do tratamento. 1.1. Na
dimensão vertical os três tipos faciais apresentaram aumentos dimensionais significativos
nas variáveis esqueléticas e dentárias, com exceção da variável 1: ⊥ GoM que apresentou
uma diminuição; 1.2. A posição vertical do incisivo superior, representado pela variável 1:
⊥ ENA ENP, manteve-se constante nos tipos Mesofacial e Dólicofacial; 1.3. As variáveis
cefalométricas que medem os comprimentos mandibular e maxilar, apresentaram uma
diferença estatisticamente significante entre as fases INÍCIO e TÉRMINO do tratamento,
caracterizando um aumento dimensional destas estruturas; 1.4. Os primeiros molares
superiores e inferiores sofreram uma mesialização estatisticamente significante nos três
tipos faciais; 1.5. Considerando-se as medidas lineares e de uma certa forma acompanhada
pelas variáveis angulares, observamos uma retração significativa nos incisivos superiores
e inferiores nos três tipos faciais. Entretanto, as variáveis 1 / ENA ENP e 1 / GoM, que
representam a inclinação dos incisivos, apresentaram significância estatística somente nos
tipos Braquifacial e Mesofacial, respectivamente. 2. Comparação entre os tipos faciais.
2.1 Ao realizarmos a comparação entre os tipos faciais, concluímos que os ângulos que
determinam o índice VERT de RICKETTS et al.68 (1982), ou seja, o ângulo do Eixo Facial,
da Profundidade Facial, do Plano Mandibular, da Altura Facial Inferior e do Arco Mandibular,
mantiveram a caracterização inicial dos tipos faciais; 2.2. As variáveis 1 / GoM, 1: ⊥ ENA ENP,
1: ⊥ GoM, 1: ⊥ ENA e 1: ⊥ Linha X Perp., relacionadas com o padrão dentário, e as variáveis
Ar-Go’, ENA ENP ⊥ M e o Índice de Altura Facial, relacionadas com o padrão esquelético,
caracterizaram diferentemente os tipos faciais entre o INÍCIO e o TÉRMINO do tratamento;
2.3. A medida angular 1 / GoM, não caracterizou diferentemente os tipos Mesofacial e
Dólicofacial, porém esta variável apresentou uma diferença estatisticamente significante no
tipo Braquifacial, demonstrando uma maior inclinação vestibular dos incisivos inferiores neste
grupo; 2.4. As medidas lineares 1: ⊥ ENA ENP e 1: ⊥ GoM, não caracterizaram diferentemente
os tipos Mesofacial e Braquifacial. Estas variáveis demonstraram diferenças estatisticamente
significantes no tipo Dólicofacial, que apresentou o maior deslocamento vertical do incisivo
superior e inferior; 2.5. A medida linear 1: ⊥ Linha X Perp., caracterizou diferentemente os
tipos Braquifacial e Dólicofacial. Estes tipos faciais representam, respectivamente, o maior
e o menor movimento de retração dos incisivos inferiores; 2.6. A medida linear Ar - Go’,
não caracterizou diferentemente os tipos Mesofacial e Braquifacial, entretanto esta variável
apresentou uma diferença estatisticamente significante no tipo Dólicofacial, o que evidencia
uma redução da altura facial posterior; 2.7. A medida linear ENA ENP ⊥ M e o Índice de Altura
Facial caracterizaram diferentemente os três tipos faciais. 3. Correlação entre o VERT e
o Índice de Altura Facial 3.1 Há uma correlação positiva entre o VERT e o Índice de Altura
Facial nos três grupos estudados, muito embora a correlação mais significante esteja no
grupo Braquifacial. 4. Modificação dos tipos faciais 4.1. Os Tipos Faciais, nos três grupos
estudados, não sofreram modificações estatisticamente significantes entre as fases INÍCIO e
TÉRMINO do tratamento.
Estudo cefalométrico radiográfico dos padrões de crescimento facial em pacientes com maloclusões de classe II, divisão 1ª de Angle, tratados ortodonticamente pela técnica do arco de canto
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DOI: 10.22533/at.ed.008230507
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ISBN: 978-65-258-1500-8
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Palavras-chave: 1. Tratamento ortodôntico. 2. Maloclusão de Classe II. 3. Padrões de crescimento facial. I. Ferrazzo, Vilmar Antônio. II. Vigorito, Júlio Wilson. III. Rino Neto, José. IV. Título.
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Ano: 2023
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Número de páginas: 104