Ensino do cuidado com os pés para a redução do
Publicado em 11 de junho de 2022.
Trata-se de um ensaio clínico randomizado, controlado, mascarado com taxa de alocação de 1:1, cujo objetivo foi avaliar a contribuição do “ensino do cuidado com os pés” para a redução do “risco de integridade tissular prejudicada” das pessoas com DM2, desenvolvido junto a uma amostra de 152 (GI=73/GC=79) pessoas cadastradas em uma Policlínica no sul de Minas Gerais. As intervenções educativas foram embasadasna metodologia do Arco de Charles Maguerez e realizadas na Policlínica por meio de três encontros, com intervalo de trinta dias, por três meses. As avaliações foram realizadas antes do início das intervenções (T1), ao final das intervenções (T2) e três meses após T2 (Tfu), no domicílio dos participantes. Constituíram o estudo, as variáveis sociodemográficas, antropométricas, hábitos de vida, clínicas, informações complementares, integridade da pele e anexos, sensibilidade, deformidades anatômicas, condições vasculares/arteriais, temperatura dos pés, conhecimento sobre as atividades de autocuidado e intenção de realizar as atividades de autocuidado com os pés. Para análise da caracterização da amostra foram utilizados os testes Qui-quadrado, Wilcoxon pareado, Wilcoxon-Mann-Whitney ou Exato de Fisher. Em relação à comparação intergrupo, foi aplicado o teste de Qui-quadrado ou Wilcoxon-Mann-Whitney e para a análise intragrupo, o Teste McNemar ou Wilcoxon, com nível de significância de 5%. Observou-se maior frequência de pessoas do sexo feminino, idosos, estado civil com conjugê/companheiro, aposentados, que viviam com duas a três pessoas e possuíam baixa/média escolaridade e baixa renda. Foi evidenciado sobrepeso entre os participantes e em relação aos hábitos de vida destacou-se maior frequência de pessoas que referiram não ser tabagista, não consumir bebidas alcoólicas e não praticar exercícios físicos. Para o tempo de diagnóstico, os grupos possuíam médias de 11,71-10,72 (DP=7,75-5,47) anos para o GI e GC respectivamente. Com maior frequência, foram referidos o tipo de tratamento com antidiabéticos orais e a morbidade hipertensão arterial. Na variável glicemia capilar intergrupo e intragrupo foram observadas diferenças (p<0,05). Destaca-se uma maior frequência de participantes que não tiveram os pés avaliados, não receberam orientações para o autocuidado e não realizavam o autocuidado com os pés. Os indicadores da integridade da pele preservada mostraram diferenças intergrupo eintragrupo, com maior frequência de melhores médias do GI em relação ao GC (p<0,05). Para variável sensibilidade, deformidades anatômicas e temperatura dos pés dos pés não foram observadas diferenças (p>0,05), assim como para os indicadores de condições vasculares/arteriais (p>0,05), exceto pulsos (p<0,05).Referente aclassificação do risco do pé diabético o GI apresentou diferença intragrupo entre os tempos T1 e Tfu e T2 e Tfu (p<0,05).O conhecimento sobre as atividades de autocuidado com os pés em ambos os grupos foi considerado “baixo” no T1 e após as intervenções educativas, o GI apresentou diferença quando comparado ao GC no T2 e Tfu e também na intenção de cuidar dos pés (p<0,05).As intervenções educativas embasadas na metodologia do Arco de Magueres foram efetivas na melhora do risco de pé diabético, atribuído, principalmente, aos indicadores relacionados às condições dermatológicas, e também nas variáveis conhecimento das atividades de autocuidado e intenção de cuidar dos pés.
Ensino do cuidado com os pés para a redução do
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DOI: 10.22533/at.ed.841220906
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ISBN: 978-65-258-0184-1
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Palavras-chave: 1. Diabetes. 2. Diabetes Mellitus tipo 2. 3. Educação em saúde. 4. Arco de Charles Maguerez. 5. Ensaio clínico. II. Chaves, Érika de Cássia Lopes. III. Iunes, Denise Hollanda. IV. Título.
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Ano: 2022