Ebook - Diários de quarentena – Sistematizações de experiências da enfermagem no combate à pandemia de Covid-19Atena Editora

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1. Enfermagem. 2. Covid-19. I. Mello, Alex Simões de (Organizador). II. Acioli,...

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Diários de quarentena – Sistematizações de experiências da enfermagem no combate à pandemia de Covid-19

Publicado em 17 de dezembro de 2024.

A proposta de sistematizar, numa perspectiva do que foi vivenciado, nos remete à ação de organizar elementos, juntar fatos, agrupar ideias, registar informações, compreender as ocorrências, ordenar os episódios, compartilhar impressões, tornar sistemático, metódico, ordenado, coerente, e em certa medida, dimensionar a experiência em si.
No campo da Educação Popular em Saúde, a sistematização de experiências tem sido reconhecida como uma proposta político-metodológica que emprega um olhar crítico sobre os processos vividos, interpretando a realidade e construindo espaços de resistência à colonização dos modos de produção de conhecimento. Traz a dialética na elucidação de sentidos, com vistas à transformação das práticas.
Nesse contexto, Oscar Jara, crítico aos modos hegemônicos e excludentes de produção de conhecimentos, reuniu experiências exitosas, fundamentadas na concepção metodológica da hermenêutica e dialética, organizando esquematicamente a “Sistematização de Experiências”. Essa prática busca compreender a realidade histórico-social em sua completude, reunindo fragmentos vivos e contraditórios, como produto da atividade transformadora,
inacabada, inerente à vida humana.
O desafio político metodológico atrelado à sistematização de experiências apoia-se no diálogo como suporte à garantia de uma interpretação críticoreflexiva dos momentos vividos, exigindo esforços pedagógicos que possam reordenar os aspectos relevantes a partir da própria experiência. Desse modo, torna-se um instrumento estratégico na produção de aprendizados, utilizando-se da própria experiência como objeto de exploração, bem como fundamento para
a interpretação teórica.
A disseminação do conhecimento produzido a partir das experiências partem, portanto, de uma construção cíclica oriunda da identificação, classificação, ordenamento e reconstrução das vivências que sofrem um processo crítico e reflexivo de sistematização. Desse movimento, produzido a partir de metodologias participativas, obtém-se uma compreensão mais aprofundada sobre as experiências, apontando aprendizagens que venham a contribuir para o aprimoramento e a reconstrução das práticas.
Nesse sentido, o compartilhamento de saberes e práticas ganham novo contorno e borram os contornos entre o científico e o popular, gerando maior autonomia e emancipação aos processos de produção do conhecimento, rompendo com a hegemonia colonizadora e possibilitando transformações da realidade.
O conjunto de narrativas que compõem essa sistematização de experiências, personificando o trabalho de milhares de enfermeiras que atuaram em linha de frente durante a pandemia de Covid-19, extrapola os limites técnicos e acadêmicos da sua própria ocupação. Pelo contrário, performam pelo transbordamento de afeto, no alinhavo com amorosidade, abrindo espaços para outras vozes e corpos que trabalharam arduamente para garantir que a
quarentena, mesmo em seus momentos mais árduos e de cruel iniquidade, fosse respeitada em prol da proteção integral de todas as vidas.
De maneira sistemática, essas experiências reafirmaram que a Enfermagem é verdadeiramente uma prática social, de luta e resistência!

Alex Simões Mello e Sonia Acioli.

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Diários de quarentena – Sistematizações de experiências da enfermagem no combate à pandemia de Covid-19

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.285241612

  • ISBN: 978-65-258-3028-5

  • Palavras-chave: 1. Enfermagem. 2. Covid-19. I. Mello, Alex Simões de (Organizador). II. Acioli, Sonia (Organizadora). III. Título.

  • Ano: 2024

  • Número de páginas: 149

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