Comunicação, Redes Sociais e a Produção Jornalística
O jornalismo e a comunicação são instituições fundamentais para a solidificação da democracia, da participação e do estado democrático de direito. Como atividades profissionais, não podem se posicionar como 4º poder, mas devem assumir seu lugar de contrapoder, defendendo a verdade, os interesses da coletividade, a organização social, a paz, etc. Nesta obra, as imbricações, diálogos e duelos entre diferentes teorias, proposições, análises, perspectivas e autores, contribuem com a investigação científica com base nos termos que a intitulam: Comunicação, Redes Sociais e a Produção Jornalística. Por meio de olhares transversos sobre objetos que constituem a realidade social contemporânea da comunicação e do jornalismo, os autores lançam luz sobre a necessidade de reformulações, ressignificações, aprofundamento e críticas ao fazer comunicativo no contexto midiatizado que faz emergirem formas de relacionamento, interatividade, pertença e reconhecimento.
Nesse sentido, algumas interrogações são necessárias para que entendamos o papel social, cultural, ideológico, político e econômico do jornalismo e da comunicação, hajam vista os discursos que figuram nas produções jornalísticas e o(s) sentido(s) de verdade e realidade que neles materializam-se e circulam “livremente” pelas redes sociais digitais. Torna-se fulcral discutirmos o papel dos sujeitos jornalistas e das organizações na produção de notícias assim como as posições que assumem no processo de produção, colocando em foco o campo do jornalismo e da comunicação: são campos abertos em que todos os agentes sociais podem articular estratégias comunicacionais próprias ou um campo totalmente fechado a serviço da legitimação do status quo? Como entender a força e o poder das distintas formas de discurso que circulam nos meios de comunicação tradicionais e nas redes sociais da Internet? Que perspectivas teóricas são fecundas para verificarmos as estratégias por trás das retóricas informativas midiáticas?
Evocamos, neste livro, que o jornalismo, tal como o vemos hoje, desenvolveu se como atividade remunerada durante o século XIX em decorrência de um complexo processo de urbanização, escolarização, industrialização, avanços tecnológicos e o erigir de regimes políticos nos quais o princípio de liberdade de imprensa converteram se em algo sagrado. O aparecimento da Cibermídia não acarreta o fim das atividades do jornalismo, pois este, independente do suporte, faz-se na notícia, na reportagem, se “vestindo” em diversos gêneros, formatos e linguagens; é conhecimento e não apenas técnica. As mídias e redes sociais on-line, na verdade, podem reforçar o papel do jornalismo, dos jornalistas e da comunicação na sociedade contemporânea.
O propósito de fornecer relatos de acontecimentos interessantes pode parecer claro, mas esse objetivo é, como outros fenômenos, simples, inextricavelmente complexo, evidenciando o desafio da tarefa de compreender tais questionamentos na relação entre a práxis jornalística, a natureza ontológica da comunicação e a confusa ambiência gerada pelo ecossistema virtual.
Marcelo Pereira da Silva
Comunicação, Redes Sociais e a Produção Jornalística
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DOI: 10.22533/at.ed.932191905
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ISBN: 978-85-7247-793-2
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Palavras-chave: 1. Comunicação social. 2. Jornalismo. 3. Redes sociais.
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Ano: 2019
- Jorge Remondes
- António Pedro Costa
- Carlos Henrique Medeiros de Souza
- Daniel Alves Scarcello
- Diamantino Ribeiro
- Everton Rossi
- Fabiana Crispino Santos
- Francielle Maria Modesto Mendes
- Francisca da Gloria Menezes de Oliveira
- Francisco Aquinei Timóteo Queirós
- Israel Aparecido Gonçalves
- IVAN DE FREITAS VASCONCELOS JUNIOR
- Jaine Araújo da Silva
- Juliete Maganha Silva Vivas
- MARIANNE RAMALHO DOS SANTOS LEITE
- Mirian Martins da Motta Magalhães
- Reni Aparecida Barsaglini
- Wagner da Costa Silva
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