Publicado em 29 de fevereiro de 2024.

Vivemos em uma época crucial, na qual o envelhecimento da população torna-se um elemento central de nossa sociedade. Nesse contexto, a Década do Envelhecimento Saudável (2021-2030) das Nações Unidas emerge como um chamado à ação, um convite para a união de esforços de governos, sociedade civil, agências internacionais, profissionais, academia, mídia e setor privado. Este período de dez anos se revela como uma oportunidade ímpar para transformar as vidas das pessoas idosas, suas famílias e as comunidades que habitam.
Esta coletânea é um convite à reflexão sobre duas décadas fundamentais que moldarão o futuro da sociedade: a “Década do Envelhecimento Saudável (2021-2030)” das Nações Unidas e a formação pioneira da primeira turma indígena da Universidade da Maturidade (UMA) do Polo de Tocantínia, Tocantins, no Brasil.
No cenário global, a Década do Envelhecimento Saudável representa uma oportunidade única de convergência, uma chamada para a ação que transcende fronteiras e reúne governos, sociedade civil, agências internacionais, profissionais, academia, mídia e setor privado. É um compromisso coletivo para uma transformação significativa, marcada por ações concertadas, catalíticas e colaborativas. Ao longo destes dez anos, busca-se aprimorar a qualidade de vida das pessoas idosas, suas famílias e as comunidades que compõem a tapeçaria da nossa sociedade.
A coletânea que você tem em mãos é mais do que um registro documental; é um manifesto que captura o espírito colaborativo e catalítico que caracteriza essa década visionária. Ao longo das páginas, exploraremos como a interseção de diversos setores pode resultar em ações concertadas, promovendo o envelhecimento saudável como um imperativo social. Esta coletânea não apenas documenta, mas celebra um marco inédito na educação brasileira para os mais velhos, liderada pela professora Doutora Neila Barbosa Osório, que é uma das personalidades mais marcantes das universidades para a terceira e para a educação ao longo da vida no Brasil.
A trajetória da primeira turma indígena da UMA (Universidade da Maturidade de Tocantins), uma iniciativa colaborativa entre a Universidade Federal do Tocantins - UFT e a Fundação de Apoio Científico e Tecnológico do Tocantins - FAPTO, revela uma abordagem inovadora e inclusiva. A UMA quebra paradigmas ao conceder títulos a pessoas com experiência, reconhecendo e valorizando os saberes locais.
Ao adentrarmos nas páginas que descrevem a jornada dessa turma, somos imersos em um universo de adaptações pedagógicas, respeito à língua materna e, acima de tudo, na promoção do protagonismo dos alunos indígenas. A UMA como uma instituição que se constrói “com eles, para eles e a partir deles”.
A alegria e emoção na colação de grau da UMA Indígena de Tocantínia, Tocantins, Brasil, são palpáveis. Este evento não apenas simboliza a conclusão de um ciclo educacional, mas também sinaliza um novo capítulo na valorização dos saberes dos anciãos indígenas e no fortalecimento das comunidades.
Enquanto exploramos estas duas narrativas entrelaçadas, somos desafiados a considerar nosso papel na construção de um futuro mais inclusivo, respeitoso e enriquecedor para todas as idades. Que esta coletânea inspire ações continuadas em direção a uma sociedade que celebra a diversidade, respeita as tradições e reconhece o potencial transformador do conhecimento, independentemente da idade ou origem.

Luis Jacob
Presidente da RUTIS e da ILearn50+