Publicado em 24 de novembro de 2021.

A maioria das gestações transcorre sem intercorrências, porém, uma boa parte das gestantes pode apresentar complicações de elevado risco de morbidade e mortalidade materna e fetal, como a Síndrome Hipertensiva Específica da Gestação. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi descrever as características clínicas e epidemiológicas das gestantes hipertensas atendidas no Centro Especializado Ambulatorial Materno-Infantil (CEAMI) do município de Caxias - MA. A pesquisa foi do tipo descritiva-exploratória, transversal, com abordagem quantitativa, realizada por meio da aplicação de questionário a 37 gestantes hipertensas atendidas no referido centro. Os dados foram armazenados em planilha do programa Microsoft Office Excel for Windows. As análises foram realizadas através do software estatístico SPSS® v.21.0, e os resultados foram dispostos em tabelas. A maioria das gestantes encontrava-se na faixa etária entre 26 e 40 anos (59,5%). A maior parte das gestantes era casada (81,1%); possuía ensino médio ou fundamental (75,6%); recebia até 1 salário mínimo (73%); donas de casa (48,6%); sedentárias (70,3%); altura e peso médio, respectivamente de 157 ± 7,9 cm e 77,8 ± 14,1 kg e IMC médio de 31,5 ± 4,9. A frequência de busca por consulta médica relacionada ao diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica (HAS) foi de 64,9%, associada principalmente a diabetes mellitus (18,9%). O medicamento mais utilizado foi a metildopa (89,2%). Mais da metade das mulheres era multípara (67,5%), realizaram parto normal (32,4%) e a principal complicação foi a infecção urinária (13,5%). Faz-se necessário um conjunto de ações técnicas multiprofissionais e de gestão de saúde, que possa proporcionar a essas gestantes neste período uma atenção cautelosa, principalmente entre as gestantes com diagnóstico de HAS, visando promover uma assistência de qualidade e reduzir as morbidades que levam as mulheres a desenvolver uma gestação de alto risco.