Café: explorando a diversidade genética em Coffea Canephora por meio de marcadores moleculares
Publicado em 25 de janeiro de 2024.
É com grande entusiasmo que apresentamos este trabalho, dedicado a desvendar os intricados mistérios da diversidade genética em clones de Coffea canephora, um dos pilares da economia mundial e orgulho do Brasil como principal produtor de café.
No vasto universo dos cafés, tanto o nobre Arábica (Coffea arabica) quanto o robusto conilon (Coffea canephora) desempenham papéis fundamentais. Este livro mergulha profundamente na análise genético-molecular de clones de C. canephora, focalizando a rica variedade genética e suas implicações no desenvolvimento de futuras gerações de plantas.
A intrínseca peculiaridade do C. canephora, uma planta alógama, revela-se na sua autoincompatibilidade e notável variabilidade genética. Em programas de melhoramento, a presença dessa variabilidade é crucial para alcançar ganhos genéticos por meio da seleção cuidadosa. Neste contexto, a identificação da diversidade genética entre genótipos emerge como uma ferramenta essencial, fornecendo os parâmetros necessários para discernir os mais promissores.
O cerne desta pesquisa reside na utilização de marcadores moleculares, especialmente microssatélites, para realizar uma caracterização genético-molecular abrangente. Avaliando 44 genótipos de C. canephora, juntamente com um exemplar de C. arabica, provenientes do município de Nova Venécia/ES, a análise empregou 21 primers.
A quantificação da diversidade genética é essencial, e para tal, foram aplicados diversos parâmetros, como número de alelos, índice de informação, heterozigosidade e coeficiente de endogamia. Os resultados revelaram uma notável variedade, com 61 alelos identificados na população. A média de 2,9 alelos por loco sugere uma diversidade substancial.
O índice de informação, com uma média de 0,58, atesta um elevado nível de polimorfismo nos marcadores analisados. A heterozigosidade observada e esperada, respectivamente 0,35 e 0,34, indicam uma rica diversidade genética na população. Surpreendentemente, o coeficiente de endogamia revelou um valor negativo (-0,035), sugerindo um equilíbrio entre homozigotos e heterozigotos, com endogamia praticamente inexistente.
A análise de diversidade genética entre os acessos, através do método UPGMA, resultou em seis grupos distintos. Abordando ainda a perspectiva bayesiana, a inferência da estrutura genética apontou para K = 3, indicando agrupamentos prováveis.
Este trabalho não apenas desvenda a intricada tapeçaria genética de C. canephora, mas também identifica genótipos divergentes, apontando para futuros cruzamentos que promoverão a manutenção da variabilidade genética.
Concluímos, assim, que este estudo não apenas oferece uma visão aprofundada da diversidade genética em clones de Coffea canephora, mas também serve como guia para a preservação e expansão desse tesouro genético, abrindo caminho para novas fronteiras no mundo do café.
Café: explorando a diversidade genética em Coffea Canephora por meio de marcadores moleculares
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DOI: 10.22533/at.ed.785242401
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ISBN: 978-65-258-2278-5
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Palavras-chave: 1. Cultivo de café. I. Sousa, Priscila Gonçalves Figueiredo de. II. Título.
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Ano: 2024
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Número de páginas: 56