
Avaliação do banco de extratos de plantas medicinais da Fiocruz – Farmanguinhos para prática complementar no enfrentamento dos sintomas do Coronavírus (COVID-19): ensaio antioxidante
Publicado em 05 de maio de 2025.
Nos últimos tempos, tem-se notado que houve um aumento no interesse por plantas medicinais que apresentam propriedades antioxidantes. A absorção diária de substâncias antioxidantes pode gerar uma ação protetora efetiva contra espécies reativas de oxigênio (ROS) produzidas nas células por diversos estímulos fisiológicos e ambientais. A literatura cita que que certos medicamentos fitoterápicos ricos e compostos fenólicos podem melhorar substancialmente os sintomas leves a graves do COVID-19, além de reduzir a mortalidade. Portanto, a avaliação da ação antioxidante pode ser primordial para dar uma direção mais eficiente nos estudos experimentais de uma planta medicinal. Os principais constituintes da dieta alimentar com alta capacidade anti-inflamatória e antioxidante são as vitaminas C e E, os carotenoides e polifenóis. Diante do exposto, este trabalho tem como principal objetivo avaliar, preliminarmente, a atividade antioxidante e a concentração efetiva necessária para sequestrar 50% dos radicais DPPH da solução (CI50) e determinar a concentração de substâncias fenólicos e flavonoides foliares das frações oriundas dos extratos brutos etanoicos individuais de folhas secas e moídas de Vernonia amygdalina (Delile) Sch.Bip. ex Walp, Cecropia pachystachya Trécul e Eugenia florida DC. O extrato bruto e a fração acetato de etila (47%) de Cecropia pachystachya (56%); a fração acetato de etila (35%) e butanol (38%) de Eugenia florida e as frações hexano (18 %) e acetato de etila (28 %) de Vernonia amygdalina apresentaram os maiores teores de fenólicos. A grande quantidade de teores de flavonoides em algumas frações pode explicar a alta concentração de fenólicos totais encontrado nas frações hexano e acetato de etila de Vernonia amygdalina e Cecropia pachystachya e na fração acetato de etila de Eugenia florida. A capacidade do agente antioxidante de sequestrar 50% dos radicais livres DPPH presentes na solução (CI50) em Cecropia pachystachya foi maior na fração acetato de etila (2,51 mg/ mL), no extrato etanólico (3,80 mg/ mL) e na fração hexano (5,42 mg/ mL). Já na fração butanol houve uma diminuição da capacidade antioxidante (23,04 mg/ mL). Vale ressaltar que a fração acetato de etila de Cecropia pachystachya apresentou a o maior de teor de flavonóides (8,80%). Já a CI50 de Vernonia amygdalina foi maior na fração hexano e diclorometano ambas com 14,99 mg/ mL do que no extrato bruto etanólico (27,25 mg/ mL) e fração butanol (CI50 = 22,48 mg/ mL).
Avaliação do banco de extratos de plantas medicinais da Fiocruz – Farmanguinhos para prática complementar no enfrentamento dos sintomas do Coronavírus (COVID-19): ensaio antioxidante
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DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.210251504
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ISBN: 978-65-258-3221-0
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Palavras-chave: 1. Plantas medicinais. 2. Antioxidantes. I. Nóbrega, Andreia Bezerra da. II. Pinto, Patrícia Reis. III. Barreto, Alaíde de Sá. IV. Título.
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Ano: 2025
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Número de páginas: 59