Publicado em 22 de outubro de 2023.

Esse projeto teve como objetivo pesquisar a existência de estirpes de rizóbios
nativos que promovam a antecipação da formação de nódulos capazes de fixar
o nitrogênio livre da atmosfera, e, com isso, reduzam a utilização de fertilizantes
nitrogenados na cultura de feijão. Para sua efetivação, o presente estudo foi dividido
em dois experimentos, ambos conduzidos no município de Lages, no Estado de
Santa Catarina, sob condições distintas no que se referem aos fatores abióticos.
Os tratamentos testados foram resultantes da combinação de 6 (seis) níveis
do fator inoculação e 7 (sete) níveis do fator genótipo de feijoeiro, previamente
avaliados quanto à diversidade genética do banco de Germoplasma do Centro
de Ciências Agroveterinárias, e uma estirpe comercial recomendada, obtendo-se
um controle sem a aplicação de nitrogênio e um controle com aplicação desse
nutriente, perfazendo um total de 42 tratamentos. Foi realizada a avaliação de
diversos aspectos, tais como número de nódulos, massa seca de nódulos, massa
seca da parte aérea e teor de nitrogênio. Os resultados foram submetidos à análise
de variância, onde constatou-se diferença significativa de alguns tratamentos com
relação à Massa Seca da Parte Aérea (MSPA), provavelmente pela especificidade
da planta hospedeira com a estirpe. Algumas estirpes combinadas com genótipos
tendem a formar nódulos precocemente, aumentando o tempo de fixação de N. O
número de nódulos não influenciou na MSPA. A nodulação das plantas de feijoeiro,
que não foram inoculadas nem receberam aplicação de N mineral (testemunha
absoluta) foi semelhante à dos demais tratamentos no segundo experimento,
evidenciando a existência de elevada população nativa de rizóbios simbiontes na
cultura do feijoeiro. Ainda, observou-se que a bactéria B2 teve uma maior influência
em relação às outras bactérias testadas.