Amazônia singular e plural
Publicado em 12 de abril de 2024.
A Amazônia embelecida e estetizante está perdendo o seu deslumbramento e esplendor diante do avanço desenfreado do capital exacerbado que cotidianamente asfixia e encurrala as populações originárias e tradicionais do seu habitat natural.
Condenadas e extirpadas a contínuas desterritorializações, essas briosas coletividades continuam resistindo aos ataques avassaladores do neoliberalismo delituoso e da degradação horripilante do desdém da globalização em ascensão. Os efeitos hostis dessas ações desregradas e excludentes, coloca a florestania em estado de incúria e descalabro, promovendo de forma ardilosa o advento esdrúxulo e espoliador da inépcia institucional vigente.
Os povos da floresta estão condenados ao malogro e ao labéu da mendicância, enquanto os seus ancestrais modos de vida são perniciosamente obliterados pela força pugnaz do capitalismo e pela negligência estatal desregrada que sem comiseração, tolerância e brandura, corriqueiramente, contribuem para o clarividente apogeu do ecocídio planetário.
As almas amazônicas estão sendo criminalmente desalojadas do brioso ato de ser, o dilaceramento das relações entre o homem e a natureza são visíveis e as memórias coletivas do lugar estão caindo odiosamente na invisibilidade social execrável.
O espaço vivido do ontológico mundo sócio-linguístico-cultural padece diante de estereótipos e estigmatizações, oriundos de uma sociedade envolvente reacionária que continua promovendo seus embrutecidos ataques a uma Amazônia singular e plural.
Amazônia singular e plural
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DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.307241204
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ISBN: 978-65-258-2430-7
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Palavras-chave: 1. Amazônia. 2. Meio ambiente. 3. Conservação. I. Santana, Francisco Marquelino. II. Título.
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Ano: 2024
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Número de páginas: 146