O crescimento do número de infectados por doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti se tornou um desafio para o sistema de saúde no Brasil.

Essas arboviroses, que são as doenças causadas pelos chamados arbovírus e que incluem o vírus da dengue, zikavírus, febre chikungunya e febre amarela, se tornaram uma grande ameaça à sociedade moderna brasileira, colocando em xeque os hábitos de vida da população e demonstrando a fragilidade das políticas públicas para controlar o avanço dessas doenças, principalmente da dengue, que tem feito vítimas e provocado mortes.

A dengue tem se manifestado epidemicamente em todos os rincões brasileiros.

Em Mato Grosso do Sul, o problema tem sido recorrente e, neste ano de 2020, os dados sobre a incidência da dengue são alarmantes. Até a primeira semana de abril, o Estado já tinha contabilizado mais de 40 mil notificações da doença, com 21 mortes confirmadas e 17 em investigação. Somente na microrregião Campo Grande, são 16.556 notificações, seguida de Dourados (13.579), Três Lagoas (6.120) e Corumbá (3.960). A incidência no Estado representa 1,5 mil para cada 100 mil habitantes. É a maior incidência de casos de dengue no Brasil.

Como deputado estadual, tenho liderado o debate sobre o tema na Assembleia Legislativa, através da Frente Parlamentar para o Enfrentamento da Tríplice Epidemia, que reúne quase 50 entidades e instituições na missão de somar esforços no combate ao A. Aegypti e discutir a implementação de novas políticas públicas e ações para os graves problemas de saúde pública associados ao mosquito.

Diante de um cenário de tamanha disseminação de informações falsas e sem consistência cientifica, a obra Aedes aegypti: Mitos & Verdades, nos traz novas perspectivas para a ampliação destes debates, apresentando esclarecimentos e conhecimentos fundamentais sobre a importância da prevenção contra as doenças causadas pela proliferação e picada desse mosquito.

Renato Câmara – Deputado Estadual/MS.