A genética aplicada ao teste do pezinho
Publicado em 09 de julho de 2025.
A triagem neonatal representa um dos maiores avanços na medicina preventiva, permitindo a detecção precoce de diversas doenças genéticas, metabólicas e endócrinas. No Brasil, o teste do pezinho foi instituído como política pública em 1992, com a criação do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), tornando-se um marco na saúde infantil ao possibilitar o diagnóstico e o tratamento precoce de condições potencialmente graves.
Historicamente, a triagem neonatal teve seu início nos anos 1960, com a descoberta de Robert Guthrie, que desenvolveu um teste para fenilcetonúria utilizando amostras de sangue coletadas em papel-filtro. Desde então, a tecnologia evoluiu significativamente, permitindo a ampliação do painel de doenças triadas e a incorporação de ferramentas genéticas cada vez mais precisas.
A implementação do teste do pezinho no Brasil trouxe benefícios epidemiológicos e sociais imensuráveis. A detecção precoce de doenças como o hipotireoidismo congênito, a fibrose cística, a anemia falciforme e a hiperplasia adrenal congênita permite intervenções médicas precoces que reduzem a morbimortalidade neonatal, minimizam sequelas e melhoram prognósticos. Além disso, a triagem neonatal desempenha um papel fundamental na saúde pública, reduzindo custos a longo prazo ao evitar complicações que demandariam tratamentos mais complexos e onerosos.
Neste livro, exploramos a relação entre a genética e o teste do pezinho, abordando aspectos genéticos das doenças rastreadas pelo teste do pezinho, além de aspectos clínicos e diagnósticos. Discutimos a relevância da análise molecular no diagnóstico e na confirmação de doenças hereditárias, bem como os desafios e perspectivas para a ampliação do programa no Brasil. Com um olhar científico e baseado em evidências, esta obra busca fornecer subsídios para profissionais de saúde, pesquisadores e estudantes interessados na interseção entre genética médica e políticas públicas de triagem neonatal.
Ao compreender a base genética por trás do teste do pezinho e seu impacto na saúde infantil, reforçamos a importância da ciência como ferramenta essencial para a promoção da saúde e da equidade no acesso ao diagnóstico precoce.
A genética aplicada ao teste do pezinho
-
DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.471250707
-
ISBN: 978-65-258-3547-1
-
Palavras-chave: 1. Genética. 2. Pediatria. I. Silva, Danielly Beraldo dos Santos (Organizadora). II. Braga, Giovanna Dias (Organizadora). III. Tostes, Larissa Francisquini (Organizadora). IV. Título.
-
Ano: 2025
-
Número de páginas: 138
- Alberto Vieira Frayha
- Alessandra Danziger
- Alessandra dos Santos Silvério Danziger
- Alexandre Augusto Neves
- Ana Clara Freitas Maiolini
- Ana Laura Silva
- Ana Luisa Cunha de Paula Lima
- Ana Luiza Dias Coni
- Anamaria Guanaes Rodrigues Paixão
- Camila Rodrigues Vieira Carvalho
- Danielly Beraldo dos Santos Silva
- Gabriel Marangoni Ribeiro Ferreira
- Gérsika Bitencourt Santos
- Gérsika Bitencourt Santos Barros
- Gersika Bitencourt Santos Barros
- Giovanna Alves Ferreira
- Giovanna Borges Muroni
- Giovanna Dias Braga
- Giulia Siqueira Andrade
- Isabela Bueno Oliveira
- Isabela Tavares Sartoris
- Isadora Zanetti Barion
- Ivana Araújo
- José Antônio Dias Garcia
- Lara Cardoso Costa
- Larissa Francisquini Tostes
- Larissa Gomes Pereira
- Lívia Figueiredo de Araújo
- Lucas Gabriel Leonardi
- Luisa Affonso Adario
- Luiza Peloso Navega
- Luna Azevedo Gonçalves Magalhães
- Maraysa Ribeiro Silva
- Maria Clara Garcia de Oliveira
- Maria Clara Tavares Xavier
- Maria Eugênia Scanavachi Tonon
- Maria Fernanda Swerts Belli
- Maria Laura Pereira dos Reis
- Maria Luisa Morais Silva
- Maria Luiza Valeriano Duarte
- Plínio Araújo Faria
- Sabrina Fagundes Luiz
- Vitor Abrahão Pereira
Artigos
- INTRODUÇÃO
- FENILCETONÚRIA
- HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO
- DOENÇA FALCIFORME
- TALASSEMIAS
- OUTRAS HEMOGLOBINOPATIAS: HbS e HbC
- OUTRAS HEMOGLOBINOPATIAS - HbE e HbD
- FIBROSE CÍSTICA
- HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA - FORMA CLÁSSICA PERDEDORA DE SAL
- HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA - FORMA CLÁSSICA NÃO PERDEDORA DE SAL (VIRILIZANTE SIMPLES)
- HIPERPLASIA DA SUPRA RENAL CONGÊNITA FORMA NÃO CLÁSSICA
- DEFICIÊNCIA DE BIOTINIDASE
- ACONSELHAMENTO GENÉTICO E PERSPECTIVAS FUTURAS