THE SUBJECTIVE WELL-BEING OF STUDENTS AT THE UNIVERSITY OF SÃO PAULO AT THE INTERSECTION OF RACE-COLOR, SEX, AND INCOME IN TIMES OF THE COVID-19 PANDEMIC
Para compreender os limites e as possibilidades de sucesso acadêmico de estudantes negros da Universidade de São Paulo (USP), Brasil, o presente estudo buscou identificar os níveis de Bem-estar Subjetivo (BES) de estudantes e avaliar suas relações com variáveis de raça-cor, sexo e renda, no contexto da pandemia de COVID-19. Aplicamos um questionário online composto pela Escala de Bem-Estar Subjetivo (BES) e questões relativas a aspetos da experiência acadêmica a uma amostra de estudantes universitários (n = 634; 65,0% feminino; Midade = 23,85; DP = 6,78). Foram realizadas análises estatísticas para verificar as principais tendências e diferenças de média entre os grupos da amostra, que incluíram análise descritiva do conjunto de dados, regressão, análise de variância (ANOVA), teste t e correlações. O BES médio dos estudantes da USP foi significativamente baixo (M = 2,26; DP = 2,05), fortemente impactado pela pandemia de COVID-19. Além disso, o estudo sugere que o racismo, o sexismo e o classismo exercem influência significativa entre eles, na medida em que os negros apresentam índices de BES significativamente menores em relação aos não negros (0,049*); mulheres em relação aos homens (0,001*); e os de menor renda (<0,001*), aos mais abastados. Na análise interseccional, observa-se que as mulheres negras se caracterizam com o menor nível de BES (M = 1,76; DP = 1,25). De uma forma geral, os estudantes consideram que o contexto da pandemia influenciou significativamente as suas respostas ao BES, com um impacto ainda mais significativo entre as mulheres (<0,001*), o que permite inferir que as medidas restritivas de enfrentamento da pandemia agravaram o sexismo no ambiente doméstico. As políticas de ação afirmativa, portanto, devem ir além do ingresso de populações historicamente marginalizadas no ensino superior, devem também promover a permanência e o sucesso acadêmico em associação com o bem-estar e a saúde mental desses estudantes.
THE SUBJECTIVE WELL-BEING OF STUDENTS AT THE UNIVERSITY OF SÃO PAULO AT THE INTERSECTION OF RACE-COLOR, SEX, AND INCOME IN TIMES OF THE COVID-19 PANDEMIC
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DOI: 10.22533/at.ed.558352325015
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Palavras-chave: Bem-Estar Subjetivo; Serviço de saúde para estudantes; Universidade; Discriminação; COVID-19.
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Keywords: Subjective Well-Being; Health service for students; University; Discrimination; COVID-19.
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Abstract:
To understand the limits and possibilities of academic success of black students at the University of São Paulo (USP), Brazil, the present study sought to identify the levels of Subjective Well-Being (SWB) of students and assess their relations with sociodemographic variables of race-color, sex, and income, in the context of the COVID-19 pandemic. We applied an online survey composed of the Subjective Well-being Scale (SWBS) and questions concerning aspects of academic experience to a sample of university students (n = 634; 65,0% female; Mage = 23.85; SD = 6.78). We performed statistical analyzes in order to verify the main trends and differences between the different groups of the sample, which included descriptive tests of the dataset, regression, analysis of variance (ANOVA), t-test and correlations. The average SWB of USP students was significantly low (M = 2.26; SD = 2.05), heavily impacted by the COVID-19 pandemic. Furthermore, the study suggests racism, sexism and classism exert a significant influence among them, insofar as blacks have significantly lower BES rates compared to non-blacks (0.049*); women in relation to men (0.001*); and those with lower incomes (<0.001*), to the more affluent. In the intersectional analysis, it is observed that black women report the lowest level of SWB (M = 1.76; SD = 1.25). In general, the students consider that the pandemic context significantly influenced their responses to the SWBS, with an even more significant impact among women (<0.001*), which allows us to infer that the restrictive measures aggravated sexism in their homes. Affirmative action policies, therefore, must go beyond the entrance of historically marginalized populations in higher education, it must also promote retention and academic success in association with the well-being and mental health of these students.
- Carlos Vinicius Gomes Melo
- Bruna Lanzoni Muñoz
- Jackeline Aparecida Ferreira Romio
- Alessandro de Oliveira dos Santos