Artigo - Atena Editora

Artigo

Baixe agora

Livros

Artroplastia total do joelho em pacientes com sequelas de poliomielite: revisão sistemática

Introdução: A poliomielite ainda hoje deixa milhões de pessoas com sequelas motoras irreversíveis, favorecendo o desenvolvimento precoce de osteoartrite do joelho, com dor, instabilidade e perda funcional progressiva. A artroplastia total do joelho (ATJ) é a principal opção para casos avançados, mas apresenta desafios técnicos específicos neste grupo. Objetivo: Reunir e analisar criticamente as evidências disponíveis sobre resultados clínicos, complicações e sobrevida protética da ATJ em pacientes com sequelas de poliomielite. Métodos: Realizou-se uma revisão sistemática nas bases PubMed, LILACS e Elsevier (2014–2025), seguindo as diretrizes PRISMA. Foram incluídos estudos originais com pacientes submetidos à ATJ após poliomielite, relatando desfechos clínicos e complicações. Resultados: Foram incluídos seis estudos, totalizando 123 pacientes. A idade média variou entre 51 e 66 anos, com predominância feminina. A maioria utilizou próteses customizadas Hinged, fixação cimentada e inserto de alta restrição para compensar fraqueza muscular e instabilidade. Observou-se melhora significativa do Knee Society Score (KSS) e Oxford Knee Score (OKS) após ATJ. A sobrevida protética foi inferior à população geral (86,6% em 10 anos; 53,9% em 15 anos). As principais complicações foram recurvatum, fraturas periprotéticas e falhas mecânicas, geralmente controladas com revisões pontuais. Conclusão: A ATJ em pacientes pós-poliomielite é eficaz para aliviar a dor e melhorar a função articular, desde que indicada com planejamento individualizado e próteses adequadas à instabilidade e fraqueza muscular. São necessários estudos prospectivos de maior nível de evidência para validar condutas e padronizar técnicas para esse subgrupo.
Ler mais

Artroplastia total do joelho em pacientes com sequelas de poliomielite: revisão sistemática

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.8208192523109

  • Palavras-chave: Artroplastia do joelho; Poliomielite; Implantes ortopédicos; Sobrevida protética.

  • Keywords: Knee arthroplasty; Poliomyelitis; Orthopedic implants; Implant survival.

  • Abstract: Introduction: Poliomyelitis still leaves millions with irreversible motor sequelae, favoring early knee osteoarthritis with pain, instability, and progressive functional loss. Total knee arthroplasty (TKA) is the main option for advanced stages but presents specific technical challenges in this group. Objective: To systematically gather and critically analyze evidence on clinical outcomes, complications, and implant survival of TKA in patients with poliomyelitis sequelae. Methods: A systematic review was performed in PubMed, LILACS, and Elsevier (2014–2025) according to PRISMA guidelines. Original studies with ≥5 patients undergoing TKA due to poliomyelitis sequelae, reporting clinical outcomes and complications, were included. Results: Six studies were included, totaling 123 patients. Mean age ranged from 51 to 66 years, with female predominance. Most cases used custom rotating-hinge prostheses with cemented fixation and high-constraint inserts to compensate for muscle weakness and instability. Significant improvements were observed in the Knee Society Score (KSS) and Oxford Knee Score (OKS) after TKA. Implant survival was lower than in the general population (86.6% at 10 years; 53.9% at 15 years). Main complications were recurvatum, periprosthetic fractures, and mechanical failures, usually managed by targeted revisions. Conclusion: TKA in patients with poliomyelitis sequelae is effective in pain relief and joint function recovery, provided that individualized planning and proper prosthesis selection address instability and muscle weakness. Higher-level prospective studies are needed to validate and standardize surgical strategies for this subgroup.

  • Aline Helen Neuhaus
  • Antuny Rodrigues Rosa
Fale conosco Whatsapp