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Reconstructive Outcomes After Extensive Facial Infections: A Narrative Review

Resumo Introdução: As infecções faciais extensas representam um dos desafios clínicos mais devastadores e complexos, situando-se na interseção entre as áreas de doenças infecciosas, cirurgia reconstrutiva e terapia intensiva. Essas infecções — de origem bacteriana, polimicrobiana ou fúngica — podem rapidamente causar perda tecidual composta, comprometimento funcional grave e profundo impacto psicossocial. Com os avanços da terapia antimicrobiana e do suporte crítico, a sobrevida melhorou substancialmente, e o foco atual passou a ser a reconstrução e a reabilitação a longo prazo. Objetivo: Esta revisão narrativa tem como objetivo sintetizar as evidências disponíveis sobre os desfechos reconstrutivos após infecções faciais extensas, com ênfase no momento da reconstrução, nas técnicas cirúrgicas, nos resultados funcionais e estéticos e nos fatores multidisciplinares que influenciam o prognóstico. Métodos: Foi realizada uma busca abrangente nas bases PubMed, Scopus e Embase, incluindo estudos publicados até maio de 2025. Foram considerados estudos retrospectivos, prospectivos, séries de casos e revisões que abordassem técnicas reconstrutivas ou resultados relacionados à perda tecidual facial decorrente de infecção. Resultados: Os achados indicam que a reconstrução precoce — quando realizada após o controle da infecção e estabilização sistêmica — pode melhorar a função, reduzir cicatrizes e encurtar o tempo de internação. A transferência microvascular de tecidos continua sendo o padrão-ouro para defeitos extensos e compostos, enquanto retalhos locais e regionais mantêm papel fundamental em contextos limitados ou instáveis. A recuperação funcional está associada à fisioterapia precoce e ao acompanhamento multidisciplinar, enquanto os resultados estéticos e psicossociais dependem fortemente da simetria, da correspondência de cor e do suporte psicológico oportuno. Conclusão: A reconstrução após infecções faciais extensas transcende a reparação técnica — trata-se de um ato de restauração anatômica, funcional e emocional. O alcance dos melhores resultados requer individualização do momento cirúrgico, colaboração interdisciplinar e aprimoramento contínuo da técnica aliado à empatia. Pesquisas futuras devem estabelecer medidas padronizadas de desfecho e explorar tecnologias emergentes, como o planejamento tridimensional e os biomateriais regenerativos, para aprimorar ainda mais a recuperação e a reintegração dos pacientes.
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Reconstructive Outcomes After Extensive Facial Infections: A Narrative Review

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.1595322522101

  • Palavras-chave: Reconstrução facial; Fasciíte necrosante; Mucormicose; Resultados cirúrgicos; Cirurgia reconstrutiva.

  • Keywords: Facial reconstruction; Necrotizing fasciitis; Mucormycosis; Surgical outcomes; Reconstructive surgery.

  • Abstract: Abstract Background: Extensive facial infections represent one of the most devastating and complex clinical challenges, bridging the domains of infectious disease, reconstructive surgery, and critical care. These infections—whether bacterial, polymicrobial, or fungal—can rapidly cause composite tissue loss, severe functional impairment, and profound psychosocial distress. Advances in antimicrobial therapy and critical support have improved survival, but the focus of care has shifted toward reconstruction and long-term rehabilitation. Objective: This narrative review aims to synthesize current evidence regarding reconstructive outcomes after extensive facial infections, emphasizing timing of intervention, surgical strategies, functional and aesthetic results, and the multidisciplinary factors that influence prognosis. Methods: A comprehensive literature search was conducted using PubMed, Scopus, and Embase for studies published up to May 2025. Both retrospective and prospective studies, case series, and reviews describing reconstructive techniques or outcomes following infection-related facial tissue loss were included. Results: Findings indicate that early reconstruction—performed once infection control and systemic stabilization are achieved—can improve function, reduce scarring, and shorten hospital stay. Microvascular free tissue transfer remains the gold standard for large, composite defects, while local and regional flaps continue to play critical roles in resource-limited or unstable settings. Functional recovery correlates with early physiotherapy and multidisciplinary follow-up. Aesthetic and psychosocial outcomes depend heavily on symmetry, color match, and timely psychological support. Conclusion: Reconstruction after extensive facial infection transcends technical repair—it is an act of anatomical, functional, and emotional restoration. Optimal outcomes require individualized timing, interdisciplinary collaboration, and continuous refinement of both technique and compassion. Future research should aim to establish standardized outcome measures and explore emerging technologies such as 3D planning and regenerative scaffolds to further enhance recovery and reintegration.

  • Lucas felipe da Silva vieira
  • Tauana Karoline Friedrich Foiato
  • Emilly Caroline Sakurai
  • Maria Fernanda Prevital Garcia
  • Luis Felipe Prevital Garcia
  • Larissa Gabrielli Vieira
  • Mariana Ramos Schinke
  • Rafael Henrique Alves Francisco
  • Luiz Felipe Pereira Teodoro de Oliveira
  • Ana Paula Vasconcelos de Castilho
  • Bianca Soares Nogueira
  • Vitor Machado Guimbala
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