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O RISCO DO DESENVOLVIMENTO DE DIABETES MELLITUS DEVIDO AO USO DE ESTATINAS - UMA REVISÃO DE LITERATURA

O manejo com estatina é a principal prevenção de eventos cardiovasculares ateroscleróticos devido à sua importante redução do colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL-c). Entretanto, foi identificado um risco moderado, mas significativo, do desenvolvimento de Diabetes Mellitus de Início Recente (NODM), uma condição que precisa de uma vigilância clínica. O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa de literatura que buscou sintetizar o conhecimento atual sobre a associação entre o uso de estatinas e o NODM, compreendendo seus aspectos epidemiológicos, mecanismos fisiopatológicos e lacunas de pesquisa. A busca foi realizada nas bases de dados Portal Regional da BVS, PubMed e Portal de Periódicos Capes, utilizando os descritores "develop", "diabetes mellitus" e "statin" para artigos publicados entre janeiro/2020 a julho/2025. Após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão, 14 artigos foram selecionados para análise. Os resultados apontam que o risco de NODM é dose-dependente e ampliado em pacientes que apresentam suscetibilidade metabólica preexistente, como hipertensão e obesidade. A fisiopatologia desse efeito colateral é o aumento da resistência à insulina e disfunção de células β pancreáticas. Desse modo, na prática clínica é recomendado o uso de pravastatina e pitavastatina como estratégias de menor risco diabetogênico, e a polifarmácia pode alterar os riscos. Embora seja encontrado o risco de NODM, seu benefício cardiovascular supera suas consequências, em contraste com a necessidade de proteção cardiovascular, é encontrada uma resposta individual e heterogênea. Diante disso, observa-se uma urgência em investir no desenvolvimento de biomarcadores preditivos e escores de risco para uma prescrição personalizada. Portanto, o risco de NODM surge como um efeito colateral que demanda um monitoramento glicêmico contínuo e periódico. O acompanhamento clínico tem a função de diminuir os riscos e garantir a eficácia cardiovascular permaneça mantida, sem afetar a segurança metabólica a longo prazo.
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O RISCO DO DESENVOLVIMENTO DE DIABETES MELLITUS DEVIDO AO USO DE ESTATINAS - UMA REVISÃO DE LITERATURA

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.82081725081015

  • Palavras-chave: Desenvolvimento; Diabetes Mellitus; Estatina.

  • Keywords: Develop; Diabetes mellitus; Statin.

  • Abstract: Statin therapy is the primary prevention of atherosclerotic cardiovascular events due to its significant reduction in low-density lipoprotein cholesterol (LDL-C). However, a moderate but significant risk of developing new-onset diabetes mellitus (NODM) has been identified, a condition that requires clinical surveillance. This integrative literature review sought to synthesize current knowledge on the association between statin use and NODM, encompassing its epidemiological aspects, pathophysiological mechanisms, and research gaps. The search was conducted in the VHL Regional Portal, PubMed, and Capes Journal Portal databases, using the descriptors "develop," "diabetes mellitus," and "statin" for articles published between January 2020 and July 2025. After applying inclusion and exclusion criteria, 14 articles were selected for analysis. The results indicate that the risk of NODM is dose-dependent and increased in patients with pre-existing metabolic susceptibility, such as hypertension and obesity. The pathophysiology of this side effect is increased insulin resistance and pancreatic β-cell dysfunction. Therefore, in clinical practice, the use of pravastatin and pitavastatin is recommended as strategies for lower diabetes risk, and polypharmacy can alter the risks. Although the risk of NODM is identified, its cardiovascular benefits outweigh its consequences. In contrast to the need for cardiovascular protection, an individual and heterogeneous response is observed. Therefore, there is an urgent need to invest in the development of predictive biomarkers and risk scores for personalized prescriptions. Therefore, the risk of NODM emerges as a side effect that requires continuous and periodic glycemic monitoring. Clinical monitoring aims to reduce risks and ensure cardiovascular efficacy remains, without affecting long-term metabolic safety.

  • Luis Felipe Borges Ribas
  • Ramon Fraga de Souza Lima
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