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NEUROTOXICIDADE ANESTÉSICA NA INFÂNCIA: EVIDÊNCIAS CLÍNICAS E MECANISMOS EXPERIMENTAIS

Introdução: A anestesia é fundamental na prática cirúrgica pediátrica, porém estudos recentes têm levantado preocupações sobre seus possíveis efeitos neurotóxicos quando administrada durante períodos críticos do desenvolvimento cerebral. A infância representa uma janela de intensa plasticidade neuronal, tornando o cérebro especialmente suscetível a agentes anestésicos. Métodos: Foi realizada uma revisão da literatura nas bases PubMed, Scopus e Web of Science, incluindo estudos publicados entre 2015 e 2024. Foram selecionados artigos em inglês que abordavam a relação entre exposição anestésica precoce e alterações neurológicas, englobando ensaios clínicos, revisões sistemáticas e estudos experimentais. Resultados: As evidências sugerem que múltiplas ou longas exposições à anestesia podem estar associadas a déficits cognitivos sutis, alterações de memória, linguagem e funções executivas. Estudos experimentais demonstram que agentes como isoflurano e sevoflurano induzem neuroinflamação, apoptose neuronal e disfunções sinápticas, comprometendo a maturação neural. Conclusão: Embora a anestesia continue sendo indispensável, sua administração em crianças pequenas exige cautela. A adoção de protocolos anestésicos individualizados, o monitoramento neurológico e a condução de pesquisas multicêntricas são medidas essenciais para reduzir potenciais riscos e preservar a integridade cognitiva infantil.
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NEUROTOXICIDADE ANESTÉSICA NA INFÂNCIA: EVIDÊNCIAS CLÍNICAS E MECANISMOS EXPERIMENTAIS

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.8208182509102

  • Palavras-chave: Neurotoxicidade anestésica; Anestesia geral; Desenvolvimento neurológico; Infância; Neurociências

  • Keywords: Anesthetic neurotoxicity; General anesthesia; Neurological development; Childhood; Neuroscience.

  • Abstract: Introduction: Anesthesia is essential in pediatric surgery, yet recent studies have raised concerns about its potential neurotoxic effects when administered during critical periods of brain development. Early childhood represents a phase of intense neural plasticity, making the brain particularly vulnerable to anesthetic agents. Methods: An literature review was conducted using PubMed, Scopus, and Web of Science databases, including studies published between 2015 and 2024. Eligible studies in English addressed early anesthetic exposure and neurological alterations, encompassing clinical trials, systematic reviews, and experimental research. Results: Evidence suggests that multiple or prolonged exposures to anesthesia may be linked to subtle cognitive deficits, including memory, language, and executive function impairments. Experimental studies indicate that agents such as isoflurane and sevoflurane can trigger neuroinflammation, neuronal apoptosis, and synaptic dysfunction, affecting neural maturation. Conclusion: While anesthesia remains indispensable, its use in early childhood requires careful management. Implementing individualized protocols, ensuring neurological follow-up, and advancing multicenter research are crucial steps toward minimizing risks and safeguarding cognitive development.

  • Pedro Henrique de Oliveira Lima Miranda
  • Louhainy Isabelle Rezende Miranda
  • Geovanna Souza Azevedo
  • Lucas Schafer Dahlke
  • Leydeane Rosa Gomes Gontijo Troian
  • Marcus Vinícius de Araújo Teixeira
  • Wanderson Antonio Carreiro da Silva Teixeira
  • Weliton Fernandes Rodrigues Júnior
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