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IMPACTOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NA SAÚDE MENTAL EM MULHERES: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

A violência obstétrica (VO) representa uma grave violação dos direitos das mulheres, impactando negativamente sua saúde mental. Durante a gestação, parto e pós-parto, muitas mulheres vivenciam situações de desrespeito, abusos físicos e psicológicos, que podem desencadear transtornos como depressão, ansiedade e estresse pós-traumático. A humanização do parto e o combate a práticas violentas são essenciais para garantir um atendimento respeitoso e digno às gestantes. Além disso, é fundamental que os profissionais de saúde sejam capacitados para evitar condutas desnecessárias e proporcionar um cuidado mais ético e humanizado. Este estudo tem como objetivo analisar os impactos da violência obstétrica na saúde mental das mulheres. Esta pesquisa é uma revisão integrativa, na qual foi realizado um levantamento bibliográfico nas bases BVS e Medline, considerando artigos publicados entre 2020 e 2025. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 8 artigos que compuseram a amostra final da revisão. A revisão mostrou que a violência obstétrica ocorre por meio de práticas como exames invasivos sem consentimento, episiotomias desnecessárias, ausência de acompanhante, medicalização excessiva e atitudes desrespeitosas. Essas situações estão associadas a efeitos importantes na saúde mental, como depressão pós-parto, ansiedade, estresse pós-traumático e dificuldades no vínculo materno-infantil. Verificou-se ainda que a falta de informação das gestantes sobre seus direitos, aliada ao despreparo profissional e às desigualdades sociais, favorece a continuidade dessa realidade. Conclui-se que a violência obstétrica é um desafio urgente para a saúde pública, pois afeta tanto o momento do parto quanto a saúde mental e a qualidade de vida das mulheres. É essencial ampliar o conhecimento feminino sobre seus direitos e garantir maior autonomia durante a gestação, o parto e o puerpério. Destaca-se ainda a necessidade de capacitação profissional e de políticas públicas voltadas à humanização da assistência.
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IMPACTOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NA SAÚDE MENTAL EM MULHERES: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.820811125181114

  • Palavras-chave: Violação. Psicológico. Sexo Feminino. Maternidade.

  • Keywords: Violence. Psychological. Female. Motherhood.

  • Abstract: Obstetric violence (OV) represents a serious violation of women's rights, negatively impacting their mental health. During pregnancy, childbirth, and the postpartum period, many women experience situations of disrespect, as well as physical and psychological abuse, which can trigger disorders such as depression, anxiety, and post-traumatic stress disorder (PTSD). Humanizing childbirth and combating violent practices are essential to ensuring respectful and dignified care for pregnant women. Furthermore, it is crucial that healthcare professionals receive training to avoid unnecessary interventions and provide more ethical and humane care. This study aims to analyze the impacts of obstetric violence on women's mental health. This integrative review involved a literature search in the BVS and Medline databases, considering articles published between 2020 and 2025. After applying the inclusion and exclusion criteria, eight articles were selected to comprise the final review sample. The findings revealed that obstetric violence occurs through practices such as invasive examinations without consent, unnecessary episiotomies, denial of a companion, excessive medicalization, and disrespectful attitudes. These situations are associated with significant mental health outcomes, such as postpartum depression, anxiety, PTSD, and difficulties in maternal-child bonding. It was also found that the lack of information among women about their rights, combined with professional unpreparedness and social inequalities, contributes to the persistence of this reality. It is concluded that obstetric violence is an urgent public health challenge, as it affects both childbirth and women’s mental health and quality of life. It is essential to expand women’s knowledge about their rights and ensure greater autonomy during pregnancy, childbirth, and the postpartum period. It is also important to highlight the need for professional training and public policies aimed at humanizing care.

  • Rayssa Sousa da Silva
  • Ana Flavia Costa Brasil
  • Greice Lanna Sampaio do Nascimento
  • Vitoria Manuele Passos da Silva Rocha
  • Jeandson Ximenes do Prado
  • Emerson Portela Sena
  • Eduardo da Silva Coelho
  • Ramaiana Prado de Souza
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