As palmeiras (Arecaceae) são componentes-chave da biodiversidade tropical e desempenham papéis ecológicos e socioeconômicos relevantes, especialmente na região amazônica. Entre os mecanismos que asseguram sua reprodução e persistência, a polinização se destaca por envolver interações complexas com agentes bióticos e abióticos. Este artigo de revisão tem como propósito integrar e sistematizar o estado atual do conhecimento científico acerca das estratégias de polinização em palmeiras, com especial atenção às síndromes florais, aos principais grupos de polinizadores envolvidos e às adaptações morfofisiológicas que sustentam essas interações ecológicas. A pesquisa foi conduzida em bases de dados nacionais e internacionais (Scopus, Web of Science, SciELO, Google Scholar), considerando publicações entre 2015 e 2024. Os resultados revelam predominância de síndromes entomófilas, com destaque para a melitofilia mediada por abelhas nativas (Meliponinae), embora outras síndromes, como cantarofilia, miiofilia e anemofilia, também sejam relevantes em contextos específicos. A análise evidencia ainda lacunas no conhecimento, como a escassez de estudos em regiões subexploradas e a sub-representação de espécies não comerciais. A revisão conclui que compreender a diversidade e os padrões dessas interações é essencial para subsidiar estratégias de conservação, manejo sustentável e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas sobre os ecossistemas tropicais.