A endocardite infecciosa (EI) configura-se como uma enfermidade de alta complexidade, especialmente por conta das transformações populacionais, que aumentaram sua incidência e a maior frequência de infecções por Staphylococcus. Dessa forma, vem sendo cada vez mais frequente a persistência tanto de complicações graves quanto de índices significativos de mortalidade, especialmente em pacientes imunossuprimidos, como transplantados renais. Nessa perspectiva, Sousa e Pinto (2022, p. 976) destacam que “após catorze décadas de evolução médica e tecnológica, a endocardite infecciosa continua a desafiar médicos no seu diagnóstico e manejo diário”. Isso porque, além das complicações infecciosas recorrentes, os pacientes com a doença apresentam maior risco de eventos tromboembólicos, falência do enxerto e complicações decorrentes da imunossupressão, sendo fundamental o diagnóstico precoce e, se necessário, a indicação cirúrgica para o melhor prognóstico.