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Bladder injury correction following cesarean section: surgical approaches and outcomes – a literature review

Introdução: A lesão vesical é uma complicação incomum, porém clinicamente relevante, da cesariana. Embora sua incidência seja relativamente baixa, tais lesões estão associadas a aumento da morbidade materna, prolongamento da internação hospitalar e sequelas a longo prazo, incluindo formação de fístulas e disfunções miccionais. O aumento global das taxas de cesariana e a crescente prevalência do espectro da placenta acreta ressaltam a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do manejo cirúrgico eficaz. Objetivo: Este artigo tem como objetivo revisar a literatura atual sobre a epidemiologia, fatores de risco, diagnóstico, técnicas de reparo cirúrgico, manejo pós-operatório e desfechos das lesões vesicais durante a cesariana, com ênfase nas áreas de consenso, controvérsia e lacunas de conhecimento. Métodos: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura utilizando as bases PubMed, Embase, Scopus e Cochrane Library. Foram incluídos estudos publicados em inglês até março de 2025 que abordassem diagnóstico, correção cirúrgica ou desfechos de lesão vesical em cesarianas. Foram analisados artigos originais, séries retrospectivas, revisões sistemáticas e ensaios clínicos randomizados relevantes, sendo excluídos relatos de caso isolados e lesões vesicais não obstétricas. Resultados: Doze estudos-chave foram identificados e analisados. Cesarianas prévias, aderências e espectro da placenta acreta foram os principais fatores de risco associados. O reconhecimento intraoperatório, auxiliado por cistoscopia ou testes com corantes, é o principal determinante de bom prognóstico. O fechamento primário com sutura absorvível permanece como técnica padrão, com medidas adjuvantes, como interposição de omento ou cateterização ureteral, reservadas para casos complexos. O manejo pós-operatório geralmente envolve 7 a 14 dias de drenagem vesical, com uso seletivo de exames de imagem antes da retirada do cateter. Quando a lesão é diagnosticada e reparada intraoperatoriamente, os desfechos maternos são excelentes, enquanto o diagnóstico tardio aumenta significativamente a morbidade e o risco de fístula. Conclusão: A lesão vesical durante a cesariana, embora rara, possui impacto substancial na saúde materna. O diagnóstico precoce e o reparo imediato são fundamentais para bons resultados. Apesar dos avanços, ainda existem controvérsias quanto a detalhes técnicos do fechamento, à duração ideal da cateterização e ao papel de abordagens minimamente invasivas. Estudos multicêntricos e diretrizes padronizadas são necessários para uniformizar a conduta e aprimorar o cuidado centrado na paciente.
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Bladder injury correction following cesarean section: surgical approaches and outcomes – a literature review

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.15953125300914

  • Palavras-chave: Cesariana; lesão vesical; complicações urológicas; reparo cirúrgico; desfechos maternos; espectro da placenta acreta.

  • Keywords: Cesarean section; bladder injury; urological complications; surgical repair; maternal outcomes; placenta accreta spectrum.

  • Abstract: Background: Bladder injury is an uncommon but clinically significant complication of cesarean delivery. Although its incidence is relatively low, such injuries are associated with increased maternal morbidity, prolonged hospitalization, and long-term sequelae including fistula formation and voiding dysfunction. The rising global rate of cesarean sections and the increasing prevalence of placenta accreta spectrum highlight the importance of prevention, prompt recognition, and effective surgical management. Objective: This review aims to summarize the current literature on the epidemiology, risk factors, diagnosis, surgical repair techniques, postoperative management, and outcomes of bladder injury during cesarean delivery, with emphasis on areas of consensus, controversy, and gaps in evidence. Methods: A narrative literature review was performed using PubMed, Embase, Scopus, and Cochrane Library. Studies published in English up to March 2025 were included if they addressed diagnosis, surgical correction, or outcomes of bladder injury at cesarean delivery. Original articles, retrospective series, systematic reviews, and relevant randomized trials were analyzed, while isolated case reports and non-obstetric bladder injuries were excluded. Results: Twelve key studies were identified and synthesized. Prior cesarean delivery, adhesions, and placenta accreta spectrum emerged as the strongest risk factors. Intraoperative recognition, aided by cystoscopy or dye tests, is the most important determinant of favorable outcomes. Primary closure with absorbable sutures remains the standard repair technique, with adjunctive measures such as omental interposition or ureteral stenting reserved for complex cases. Postoperative management typically involves 7–14 days of bladder drainage, with selective use of imaging prior to catheter removal. When injury is diagnosed and repaired intraoperatively, maternal outcomes are excellent, whereas delayed recognition significantly increases morbidity and the risk of fistula. Conclusion: Bladder injury during cesarean delivery, though rare, carries substantial implications for maternal health. Early recognition and immediate repair are critical to favorable outcomes. Despite advances, controversies remain regarding technical details of closure, optimal catheter duration, and the role of minimally invasive approaches. Future multicenter studies and standardized guidelines are needed to harmonize management and improve patient-centered care.

  • Igor Valentini Zanella
  • João Vítor Soares Cruz
  • Tauana Karoline Friedrich Foiato
  • Lucas Felipe Da Silva Vieira
  • Gabriela Marchezini Lopes Morais
  • Ariel José Gomes Marques Neto
  • Elisa Demarchi Krug
  • Mariana Simionato Gomes
  • Ricardo Amaral Dreweck
  • Renata Trevizani Magrini
  • Amanda Triano de Almeida
  • Fernanda Schmalz
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